Parte do título acima foi extraído de uma mensagem do ex-governador José Roberto Arruda a este jornalista, devido a alguns artigos publicados na coluna Radar Político sobre as ações do político. Leia [aqui], [aqui] e [aqui].
Nenhum especialista em análises políticas acredita que alguém como José Roberto Arruda, considerado um “animal político”, consiga largar o osso tão fácil.
Por onde passou, deixou marcas, algumas delas nada edificantes.
Antes de cair no limbo como governador em 2010 por conta da Pandora, o ex-governador, cria de Joaquim Roriz de quem foi chefe de gabinete, secretário de Obras e presidente da CEB, se transformou no que é hoje: ora movido pela expertise, ora pela esperteza.
A experiência politica aprendeu com Roriz, que o fez senador da República em 1994 pelo antigo Partido Progressista.
Já a esperteza aflorou ao romper com Roriz no ano seguinte, acreditando que a criatura poderia superar o criador na corrida pelo Buriti em 1998. Roriz venceu a eleição.
Outra dose de esperteza teria levado Arruda a violar o painel eletrônico do Senado Federal, em 2001, após a votação da cassação do mandato do então senador Luiz Estevão, atual dono do Metrópoles.
Por causa disso, Arruda foi obrigado a renunciar ao mandato.
Mas foi com grande expertise, que o político conseguiu se eleger em 2002, como deputado federal mais votado do DF. Foi esperto ainda ao abandonar o barco de FHC e se aliou a Lula em 2005.
Continuando com a sua expertise politica, conseguiu se eleger em primeiro turno como governador do DF em 2006, com pouco mais de 50% dos votos válidos.
No entanto, a maldita esperteza o levou à queda e à cassação do mandato em 2010.
Voltando ao desabafo de Arruda, pedindo que o deixem em paz nos anos que lhe restam, talvez seja verdadeiro só para ele, mas, para muitos, é apenas mais uma esperteza.




