Já passam mais de 1.053 mortes confirmadas no Brasil devido à dengue, segundo dados oficiais do Ministério da Saúde.
No entanto, o governo federal faz corpo mole para liberar lotes de vacinas de combate a doença.
Mesmo aprovada pela Anvisa e incorporada ao Sistema Único de Saúde (SUS) em março de 2023, a vacina contra dengue ainda não chegou para imunizar milhões de brasileiros de uma doença que mata.
Os estados com maior incidência de dengue são Espírito Santo, Minas Gerais, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Paraná, Mato Grosso do Sul, Distrito Federal e Goiás. O Aedes aegypti, principal transmissor da dengue, Zika e Chikungunya.
A Secretaria de Saúde do DF, por exemplo, informou que dois óbitos ocorreram no Distrito Federal nos últimos 19 dias do ano, foram constatados dois óbitos e mais 12 casos de mortes estão sob investigação.
A variação climática, o aumento das chuvas, o número de pessoas suscetíveis às doenças e a mudança na circulação de sorotipo do vírus são fatores que podem ter contribuído para esse crescimento”, avaliou recentemente o Ministério da Saúde em nota.
Apesar da gravidade da doença, que se transformou em surto, até agora o MS anunciou apenas uma vaga previsão de que a vacina QDengue seja distribuída só a partir de fevereiro.
O Ministério da Saúde planeja comprar 5,2 milhões de doses da vacina Qdenga, com o objetivo de vacinar até 3 milhões de pessoas.
A secretária de Saúde do DF, Lucilene Florencio, disse ao RadarDF nesta sexta-feira (19), que ainda não tem a informação sobre o quantitativo de doses de vacina que irá receber e nem data certa.
“A informação que temos é que o Ministério da Saúde vai distribuir 3 milhões de doses, um quantitativo bem aquém da necessidade do país“, disse a secretária.
Ela informou ainda que foram registrados nesse ano, 7.094 sendo diagnosticados entre 500 a 600 casos por dia. BOLETIM DA DENGUE
Enquanto a vacina não chega, a batalha para amenizar o surto da doença no DF tem sido por meio do velho processo como fumacê, além de um batalhão de agentes comunitários de saúde nas ruas em combate às larvas do Aedes aegypti.
No entanto, grande parte da população não ajuda no processo ao proibir que as autoridades sanitárias tenham o acesso aos quintais das casas mesmo sob suspeitas de focos.
*Toni Duarte é Jornalista e editor do Radar-DF, com experiência em análises de tendências políticas e comportamento social da capital federal. Siga o #radarDF