É uma questão de honra do empresário e candidato a governador do DF, Paulo Octávio(PSD), eleger, de qualquer forma, o filho, André Kubstchek, o “Andrezinho do PO”, como é chamado dentro do PSD, a deputado federal.
O presidente da legenda parece não se importar em passar por cima da lei eleitoral, que exige a divisão equânime do dinheiro do fundo partidário entre todos os seus candidatos.
De acordo com os dados disponibilizados pela plataforma “Divulgação de Candidaturas e Contas Eleitorais do Tribunal Superior Eleitoral”, o filho caçula de Paulo Octávio vai poder turbinar a sua campanha com 33% do valor total do dinheiro do fundo.
Já os R$500 mil, foram repassados diretamente para a conta de campanha de Vigílio Neto, vice-presidente da legenda no DF e candidato, também, a deputado federal.
O dinheiro repassado para a conta de campanha de André Kubstchek, e para a conta de campanha de Vigílio Neto, os outros sete candidatos a Câmara Federal, bem como os 25 que disputam vagas na Câmara Legislativa, entraram em clima de revolta e de desconfiança sobre a divisão do dinheiro.
Qualquer montante repassado pela direção nacional dos partidos, aos seus diretórios estaduais, a lei determina que, no mínimo, 30% do valor sejam repassados imediatamente as candidatas mulheres.
No caso do PSD do DF, as candidatas Adriana Mangabeira, Coronel Sheyla e Dra. Gil, que compõe a nominata para federal, não receberam nenhum tostão furado do partido.
A situação ficou mais grave ainda para os 25 candidatos a deputado distrital pelo partido.
Os distritais com mandato como Claudio Abrantes, Robério Negreiros e Jorge Viana começam a meter a mão no próprio bolso, para custear suas campanhas, se quiserem se reeleger. PO não tá nem aí.
Pelo andar da carruagem, os que não tem mandatos receberão apenas “santinhos” para pedir votos nas ruas para “Andrezinho do PO”.
De acordo com levantamentos realizados, pelos próprios núcleos de campanha, baseados nas contas das campanhas vitoriosas da eleição de 2018, a média de gastos para deputado federal, no Distrito Federal, está em R$800 mil.
Uma bagatela para o candidato “Andrezinho do PO”, filho de um dos homens mais ricos do país.
Já para eleger um deputado distrital o candidato terá que ter, no mínimo, R$ 300 mil.
*Toni Duarte é Jornalista e editor do Radar-DF, com experiência em análises de tendências e comportamento social e reconhecido nos meios jornalísticos e políticos da capital federal. Siga o #RadarDF