Na madrugada deste domingo, 23, ocorreu mais um crime no DF que demonstra a vulnerabilidade das mulheres nos transportes por aplicativo.
João Pedro Gomes da Silva, 35 anos, admitiu ter estuprado uma jovem de 19 anos durante uma corrida entre Samambaia e Ceilândia.
A vítima, após o ataque, foi levada para um hospital, apresentando um sangramento considerável.
A prisão ocorreu na residência do agressor, em Alexânia–GO, distante 85 km de Brasília.
Lamentavelmente, casos como esse não são raros. Em setembro de 2024, um jovem de 17 anos sofreu abuso sexual por parte de um motorista de aplicativo na região sul de São Paulo.
O agressor foi preso em flagrante e a empresa responsável pelo aplicativo disse ter bloqueado o motorista e oferecido assistência à vítima.
Diante da ocorrência desses crimes, o Distrito Federal deve adotar medidas que aumentem a segurança das passagens, como a implantação imediata de gravações de áudio e vídeo durante as corridas.
A presença de câmeras pode inibir comportamentos criminosos e fornecer evidências em casos como esses.
Obrigar as empresas de transporte por aplicativo a realizar uma verificação rigorosa de antecedentes criminais dos motoristas no âmbito do DF, visando impedir que indivíduos com histórico de violência sejam cadastrados como motoristas.
Impedir ainda que motoristas de aplicativos residentes fora do âmbito do Distrito Federal, como é o caso do motorista João Pedro Gomes da Silva, residente em Alexânia, possa exercer as atividades no DF.
Criar um “Botão de Emergência” que permita à passageira alertar rapidamente autoridades sobre a sua situação de perigo, além de exigir que as plataformas do transporte aplicativo ofereçam às usuárias a possibilidade de selecionar motoristas do mesmo gênero.
Eis um conjunto de sugestões para que algum deputado distrital se habilite a apresentar um projeto de lei voltado à segurança e à proteção das mulheres no transporte por aplicativo no Distrito Federal.