Quarenta seis dias após ser lançada pelo Republicanos do DF, como pré-candidata ao Senado, a ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves, tem se demostrado sem aptidão para seguir.
Vários fatores estariam desestimulando a ex-ministra de continuar no projeto eleitoral como candidata.
Damares se queixa ter perdido muito espaço na mídia após renunciar o cargo de ministra do governo Bolsonaro, para encarar o pleito eleitoral desse ano, como pré-candidata ao Senado pelo partido da Igreja Universal, o Republicanos. Virou cidadã comum.
Somado a isso, a ex-ministra estaria tendo dificuldades de se transpor, além do reduto evangélico do DF, cujo segmento segue dividido quanto ao seu nome. Ela já sentiu ser pouco para se eleger senadora.
Grande parte das igrejas prefere outros nomes, como o do empresário Paulo Octávio, ligado a igreja Sara Nossa Terra, também pré-candidato avulso ao Senado pelo PSD.
Apesar de trabalhar por alguns anos como auxiliar parlamentar e chefe de gabinete de alguns parlamentares com atuação no Congresso Nacional, Damares Alves jamais se aproximou das regiões administrativas do DF onde vive a maioria da população brasiliense.
Além disso, a ex-ministra chega a confessar, aos mais próximos, ter medo de se apresentar em lugares movimentados como feiras e rodoviárias, por exemplo, por receio de ser constrangida por populares.
No início da semana a pastora evangélica bolsonarista foi recedida pelo cardeal católico Dom Paulo César.
A injeção de ânimo foi dada pelo pré-candidato a deputado federal, Paulo Fernandes, filiado ao Republicanos.
Fernando é católico e é vice-presidente da Associação Nacional Pró-Vida e Pró-Família.
A conversa girou nos temas de combate à prostituição e na criminalização do aborto.
A ideia de Paulo Fernando, que tem ligação com Damares, é de aproximar a ex-ministra e pastora do segmento católico.
O objetivo de expandir a sua presença, além do universo formado apenas por evangélicos.
Apesar dos recentes incentivos, a ex-ministra sente o peso das dificuldades com cada mudança do cenário político brasiliense.
Se de fato Damares desistir da disputa pela única vaga ao Senado, projetos de reeleição do deputado federal Júlio César e de Gilvan Máximo podem ir pro saco..
Daí a torcida pelo #FicaDamares!
*Toni Duarte é Jornalista e editor do Radar-DF, com experiência em análises de tendências e comportamento social e reconhecido nos meios jornalísticos e políticos da capital federal. Siga o #RadarDF