Todo mundo tem um lugar ao sol que merece, não interessando o lugar onde esteja. No entanto, o deputado José Gomes(PP), quer que a Câmara Legislativa aprove e o GDF declare o parque ecológico Ermida Dom Bosco, no Lago Sul, como o “pôr do sol mais bonito do Distrito Federal”.
A proposta apresentada em 2021 foi colocada nesta terça-feira(19), para a apreciação do plenário da Câmara Legislativa.
LEIA MAIS| Radar Econômico
Novo modelo de loteria + Milionária, entra em vigor em maio
A leitura da proposta foi motivo de risos e chacotas por parte de alguns deputados. Não é pra menos, os kkkk, ouvidos em plenário.
O pôr do sol mais bonito pertence a todos e não pode ser um privilégio somente dos endinheirados do Lago Sul, bairro que o empresário e deputado, mora.
José Gomes justifica que o seu projeto de lei, que declara o parque ecológico Ermida Dom Bosco, com o Pôr do sol mais bonito do Distrito Federal, “induz um relevante interesse de empresários, trabalhadores, artistas e investidores para a cidade”.
E teve relatores do projeto que acreditam que o sol mais bonito se põe mesmo é no Lago Sul e não no Pôr do Sol, bairro pobre do DF, onde moram 100 mil pessoas ou em outros locais do planeta terra.
O deputado Rodrigo Delmasso, membro da Comissão de Desenvolvimento Econômico Sustentável, relator da proposta, considerou como “meritória e louvável a presente iniciativa do nobre parlamentar”.
Escreveu ainda, no seu relato, que “a iniciativa legislativa supre a lacuna legal em relação ao ganho social com a medida ora proposta”.
Delmasso se esqueceu de fazer uma emenda puxando brasa para a sua sardinha, incluindo o Guará, cidade em que mora, com o sol tão bonito, quanto o do Lago Sul, quando nasce ou se põe.
No rol das pérolas apresentadas em plenário da Câmara Legislativa, ação parlamentar que custa uma grana, bancada pelo bolso do contribuinte, está um projeto de lei de autoria do deputado Daniel Donizete (PL) que também foi levado ao plenário na tarde de ontem ficando sem votação.
O distrital propõe que o seja criado por todo o DF, espaços reservado para soltar pipas, os quais ele batizou como “pipódromos”.
O deputado representante do Gama e do Jardim Botânico, reclama que a prática de soltar pipas com cerol, mistura de cera e vidro picado usada para cortar a linha do adversário, é proibida e que os empinadores precisam de um espaço para soltar seus brinquedos.
O deputado Reginaldo Sardinha(PL) criou, por sua vez, o projeto de lei que incluiu no calendário oficial de eventos do Distrito Federal, a Semana em Comemoração do Folclore Amazonense, a ser celebrada na última semana de julho.
A “lei Sardinha”, exalta a Mãe D’água, Curupira e o Sacy Pererê. Essa é de lascar!
*Toni Duarte é Jornalista e editor do Radar-DF, com experiência em análises de tendências e comportamento social e reconhecido nos meios jornalísticos e políticos da capital federal. Siga o #RadarDF
