A ex-ministra e senadora eleita pelo Distrito Federal, Damares Alves, negou que tenha alguma ligação de amizade com o extremista Wellington Macedo de Sousa, que planejou explodir um caminhão-tanque, com mais de 60 mil litros de combustível, estacionado no Aeroporto de Brasília.
Damares afirmou que o criminoso, procurado pela Polícia Federal, trabalhou no Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, por apenas 10 meses do ano de 2019, quando foi exonerado do cargo de uma das diretorias da Secretaria Nacional dos Direito da Criança e do Adolescente, órgão ligado a pasta.
“Repudio todas as tentativas levianas de associar minha imagem as ações dele e/ ou do grupo que faz parte”, reagiu Damares.
Macedo é o terrorista mais procurado pela PF, após as prisões de centenas de bolsonaristas radicais, envolvidos nos ataques, ocorrido no último dia 8 de janeiro, contra o Congresso Nacional, o Palácio do Planalto e Supremo Tribunal Federal.
Até agora, a Polícia Federal não conseguiu botar as mãos no extremista e no seu parceiro Alan Diego dos Santos Rodrigues.
Wellington e Alan estão foragidos desde a tentativa de explodir um caminhão tanque, usando uma bomba-relógio, acionada por meio remoto, que falhou sem causar a explosão.
A ação criminosa aconteceu na véspera de Natal.
De acordo com especialistas em explosivos, o poder destrutivo do caminhão-bomba, atingiria um raio de 300 metros, alcançando o Aeroporto JK, por onde transitam milhares de pessoas.
Seria o maior atentado terrorista na história do país.
Ele foi identificado pelas câmeras de segurança, ao chegar dirigindo o próprio carro no local do atentado.
O que também chamou a atenção dos investigadores foi a tornozeleira eletrônica usada por Wellington Macedo, por estar cumprindo pena, no semiaberto, por prisão decretada pelo ministro Alexandre de Moraes, em setembro de 2021.
O caminho do extremista
O blogueiro de Sobral, acumula processos de injúria e difamação contra a família de Ciro Gomes, e por ataques a políticos e servidores da rede de ensino de Sobral.
Após ser exonerado do Ministério da Mulher, Macedo passou a fazer parte de um grupo autointitulado “300 do Brasil”, que construiu acampamento na Esplanada dos Ministério.
O acampamento foi removido no dia 13 de junho, por uma operação do governo do Distrito Federal.
No mesmo dia, ele comandou uma reação violenta, disparando rojões contra o palácio da Suprema Corte e ameaçou, por meio das redes sociais, a integridade física do ministro Alexandre de Moraes.
Foi aí que Macedo ganhou a sua tornozeleira eletrônica.
O apenado foi candidato a deputado federal pelo PTB, no Estado de São Paulo, mas não conseguiu se eleger.
*Toni Duarte é Jornalista e editor do Radar-DF, com experiência em análises de tendências e comportamento social e reconhecido nos meios políticos da capital federal. Siga o #radarDF
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