Rosylane Rocha, vice-presidente do Conselho Federal de Medicina (CFM), reagiu fortemente às recentes incursões de políticos nas unidades de atendimento de saúde de Brasília, como o Hospital Regional de Santa Maria.
Segundo a médica, essas visitas têm causado tensões entre os usuários do sistema e os profissionais de saúde, prejudicando o trabalho realizado.
Rocha reconheceu o direito dos parlamentares de conhecerem as condições de atendimento oferecidas à população.
No entanto, ela enfatizou que essas visitas inesperadas têm gerado desconforto e desorganização.
“Contudo, essas passagens causaram tensão entre os usuários do sistema e os profissionais de saúde, trazendo transtornos ao trabalho ali realizado. Inclusive, as visitas fizeram mal ao questionarem a integração das equipes que dependem dessa união de forças para dar conta da demanda que é muita”, declarou.
A vice-presidente do CFM argumentou que, em nome da segurança do paciente e do exercício ético e competente da medicina, os políticos devem evitar essas incursões.
“Por melhores intenções que tenham, conturbam um ambiente que deve ser 100% dedicado à assistência”, afirmou.
Rosylane Rocha sugeriu alternativas para os parlamentares que desejam melhorar a assistência e obter informações.
“O primeiro deles é a interpelação dos gestores da rede pública, que podem oferecer os dados que solicitem sem maiores dificuldades. Além disso, esse interesse em defesa dos direitos dos cidadãos pode ser manifesto nos plenários legítimos”, pontuou.
A médica reforçou a importância de um ambiente hospitalar organizado e tranquilo para garantir a qualidade do atendimento à população, pedindo que os políticos encontrem outras formas de se informar e contribuir para a melhoria do sistema de saúde pública.
Rocha afirmou que essas incursões causam tensão entre usuários e profissionais de saúde, prejudicando o trabalho. Ela defendeu que o ambiente hospitalar deve ser 100% dedicado à assistência. Rocha sugeriu que políticos busquem informações por meio de gestores da rede pública e plenários legítimos.