O grupo de transição, criado pelo governador reeleito Ibaneis Rocha(MDB), vai muito além de fazer um balanço geral do desempenho das pastas, de primeiro, segundo e terceiro escalão, da atual gestão.
Servirá para estabelecer um plano de governo mais ousado, a ser colocado em prática, a partir de 1º de janeiro de 2023.
A transição servirá ainda para apontar caminhos das mudanças pontuais, que o governador terá que fazer na formação da equipe do novo governo.
Critérios serão utilizados por Ibaneis na sua decisão de promover substituições por aqueles que irão ajudá-lo a tocar a máquina pública nos próximos quatro anos.
O baixo desempenho, de algumas pastas, observadas pelo grupo de transição, é um dos motivos para que o governador faça substituições.
Ibaneis agirá como um técnico de futebol: quem jogou bem, permanecerá.
Apesar de ter que formar um governo de coalização, ao lado de partidos aliados, Ibaneis imporá o conhecimento técnico e de gestão para que o indicado faça parte da equipe.
Algumas áreas do governo continuarão imexível.
A começar pelo triunvirato formado pelos secretários Gustavo Rocha (Casa Civil), José Humberto Pires (Secretaria de Governo) e Wellington Moraes(Comunicação).
Nos últimos 4 anos, o jurista e professor Gustavo Rocha, foi a principal ponte de diálogo entre o governo e os deputados distritais da Câmara Legislativa para assegurar a aprovação das importantes pautas de interesse do Executivo, como orçamento anual, bem como a aprovação dos programas sociais que ajudaram a população vulnerável durante o período pandêmico do coronavírus.
Se tem o que se falar de José Humberto (Pesão), pode se dizer que ele carrega as marcas das mais de 1.600 obras de pequeno, médio e grande porte, entregues com um investimento de R$ 4,5 bilhões. Ele carrega uma baita experiência na área da construção civil pesada. Pilotou a mesma função no governo Arruda. Zé Humberto tornou-se uma espécie de número dois do governo Ibaneis, principalmente durante a campanha eleitoral desse ano.
O experiente jornalistas Wellington Moraes é um profissional que qualquer gestor quer ele por perto. Fez uma comunicação inclusiva, ampla e transparente, fazendo com que as ações de governo chegassem ao conhecimento da população, o que contribuiu, pela primeira vez na história politica do DF, um governador ser reeleito, no primeiro turno de uma corrida eleitoral, como aconteceu com Ibaneis Rocha. O jornalista fez parte dos governos de Joaquim Roriz, nos anos de 2003 e 2006, e de José Roberto Arruda, entre os anos de 2007 e 2010. Em ambos os governos ele comandou a pasta da Comunicação.
Além do triunvirato, vão seguir firme no próximo governo, o presidente do BRB, Paulo Henrique Costa, que tirou o Banco público do abismo financeiro a que foi submetido em gestões passadas e o transformou em um dos Bancos mais confiáveis do país. O Banco de Brasília alcançou lucro líquido de R$ 122 milhões no segundo trimestre de 2022. O resultado foi 13,3% maior em relação ao trimestre imediatamente anterior.
Na Cultura vai continuar o secretário Bartolomeu Rodrigues. O jornalista teve um dos melhores desempenho na área, principalmente no período mais grave da pandemia, não deixando que os artistas do DF ficassem a míngua com as medidas restritivas. Bartô tem como prioridade reinaugurar o Teatro Nacional, após anos de imbróglio jurídico. A reforma vai começar pela Sala Martins Pena, no valor de R$ 54 milhões. Além disso, a pasta da Cultura já trabalha para reformar a Sala Villa-Lobos em parceria com o Banco de Brasília (BRB).
A secretária de saúde, Lucilene Florêncio, também permanece comandando a pasta. A médica ginecologista e obstetra, no posto há cinco meses, após a queda sequencial de três secretários de saúde, conseguiu fazer a fila das cirurgias eletivas andar e avançou bastante o processo de imunização contra covid e outras doenças provocadas por virus.
A advogada Marcela Passamani retorna à Secretaria de Justiça e Cidadania, de onde havia se afastado para disputar uma vaga na Câmara Federal, mas tendo desistido antes do registro da candidatura. A advogada retorna a pasta por ter feito um excelente trabalho.
Ney Ferraz, foi um dos primeiros nomes anunciados para comandar a recriada Secretaria de Planejamento do Distrito Federal. Antes ele era o presidente do Instituto de Previdência do DF (Iprev) e do Instituto de Assistência à Saúde dos Servidores do DF (Inas).
Outro nome já definido para continuar no próximo governo é a secretária de Educação Hélvia Paranaguá.
Algumas pastas como Segurança Pública e DF Legal, bem como as estatais Caesb, Cohab e Terracap devem sofrer mudanças.
*Toni Duarte é Jornalista e editor do Radar-DF, com experiência em análises de tendências e comportamento social e reconhecido nos meios políticos da capital federal. Siga o #radarDF
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