Uma declaração feita nesta terça-feira (9) pelo diretor-geral da Polícia Federal (PF), Andrei Rodrigues, à rádio CBN, assegura que a elucidação do caso Marielle Franco será anunciada no primeiro trimestre deste ano.
A declaração do chefe da PF serviu para reforçar a informação de bastidores de que o governo Lula pode estar planejando utilizar o desfecho do caso como parte de um marketing político, no mesmo formato que foi feito com o “8 de Janeiro”.
Nos bastidores, há especulações de que o governo planeja utilizar a tragédia envolvendo Marielle Franco como uma ferramenta de capitalização política, anunciando o desfecho do crime na mesma data em que ocorreu, 14 de março.
No dia 14 de março de 2018, o Brasil tomou conhecimento do brutal assassinato da combativa vereadora e de seu motorista Anderson Gomes, no bairro do Estácio, no Rio de Janeiro.
Hoje, faltando exatos 64 dias para completar seis anos do crime, o país e familiares de Marielle ainda aguardam por respostas.
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, que havia prometido no primeiro dia de sua posse, em janeiro de 2023, fazer do caso sua principal bandeira, deixará o ministério para assumir uma cadeira no STF em fevereiro, sem cumprir a promessa.
Durante a gestão do presidente Jair Bolsonaro, o assassinato de Marielle Franco tornou-se um dos maiores impasses enfrentados pelas autoridades diante da chamada guerra sobre quem competia para investigar o caso.
Uma hora era competência da Polícia do Rio, outra hora cabia à Polícia Federal, devido à repercussão do caso que ganhou o mundo.
Após um ano do governo de Luiz Inácio Lula da Silva, o país continua sem respostas em relação ao caso Marielle Franco.
No entanto, as declarações do diretor-geral da PF sugerem que o governo já sabe de tudo.
Certamente estaria guardando a sete chaves “Quem mandou matar Marielle” para anunciar no momento apropriado.
O governo Lula, atualmente na sua terceira edição, tem chamado a atenção nos últimos meses por suas estratégias de marketing populista em relação a eventos trágicos, a exemplo do 8 de janeiro.
O PT foi quem mais lucrou politicamente durante a celebração ocorrida no Senado na última segunda-feira, sobre a intentona contra as sedes dos Três Poderes.
Agora, o governo estaria querendo utilizar o aniversário do trágico assassinato de Marielle Franco com a mesma estratégia, o que sugere uma tentativa de capitalizar politicamente a tragédia que abalou o país.
Essa prática levanta dúvidas sobre ética, respeito às vítimas e ao processo democrático de direito que tanto o governo petista defende.
*Toni Duarte é Jornalista e editor do Radar-DF, com experiência em análises de tendências políticas e comportamento social da capital federal. Siga o #radarDF