Deputados de oposição ao governo de Ibaneis Rocha (MDB), defenderam na última quinta-feira(23), a instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar a gestão do sistema de saúde do Distrito Federal.
Os discursos, no entanto, tem uma condição: os debates não devem se estender sobre os desastrados governos anteriores de Agnelo Queiroz (PT) e Rodrigo Rollemberg (PSB).
Para muitos, essa restrição parece uma tentativa de proteger figuras políticas do passado, desviando o foco das falhas e irregularidades que ocorreram entre 2011 e 2018.
Neste período o sistema de saúde do DF foram marcados por gestões falhas e negligentes, resultando em inúmeras tragédias, como a morte do pequeno Ghael, de um ano e quatro meses.
Casos de mortes durante esse período se multiplicaram na rede pública devido à falta de leitos no Hospital Materno Infantil de Brasília (HMIB).
Deputados petistas que hoje pedem a demissão de toda a cúpula da pasta, parecem sofrer de memória curta sobre o desastre que foi a saúde no governo do PT e em seguida do PSB.
Durante a gestão petista, a saúde pública atingiu uma marca inédita e vergonhosa: dois ex-secretários de Saúde foram presos durante uma operação contra fraudes na pasta.
A situação foi tão grave que até mesmo o então governador, que era médico, não conseguiu resolver o problema.
O abandono do sistema de saúde levou a um colapso no atendimento, com hospitais superlotados, falta de medicamentos e equipamentos básicos, e uma precariedade generalizada que afetou diretamente a população mais vulnerável.
Além das prisões, a gestão do PT, no contexto geral do GDF, enfrentou uma série de escândalos envolvendo desvios de verbas e falta de transparência.
A atual crítica dos deputados petistas e do PSB sobre a superlotação dos hospitais do DF em decorrência da crise gripal e surto da dengue que assola o Brasil, é fichinha, ao ser comparado com o histórico de desmandos e corrupção que marcou o período em que os dois partidos políticos estiveram por oito anos à frente do governo.
A proposta de abertura de uma CPI pode reabrir feridas até hoje expostas deixadas pela corrupção que assolou essas administrações, culminando em muitas prisões, incluindo a do ex-governador Agnelo Queiroz.
Apesar dos muitos investimentos para tentar tirar o sistema do caos, dois grandes eventos de saúde pública marcaram as gestões de Ibaneis Rocha.
Primeiro, a pandemia de COVID-19, que causou milhares de mortes no DF e em todo o mundo.
Agora, o surto de dengue que afeta o país de Norte a Sul e que expõe a insuficiência das medidas do governo Lula para conter a doença.
No Distrito Federal, a crise é agravada pela sobrecarga do sistema que não atende apenas os moradores locais, mas também milhares de residentes da região do Entorno.
Com mais de 1 milhão de pessoas dependendo dos hospitais do DF, a população dos municípios de Goiás que fazem fronteira com o DF provoca a falta de UTIs disponíveis e permite as longas filas para atendimento.
A sobrecarga não atinge apenas a saúde pública. O sistema privado, que cobra caro por consultas e cirurgias, também enfrenta a falta de leitos. As filas nesses ambientes são enormes.
Mesmo com todo esse cenário, deputados irresponsáveis preferem a politicagem por meio de uma CPI como brada o distrital Gabriel Magno(PT).
Logo ele que se diz preocupado com a saúde, sem ter destinado um tostão sequer para melhorar o sistema.
Agora para fechar, o referido deputado goza de um privilégio que nenhum outro mortal sem mandato, possui: tem um fabuloso plano de saúde pago pelo imposto do contribuinte.