Sem alarde externo, a disputa pela presidência da Câmara Legislativa do Distrito Federal começa a se fechar, por meio de um consenso, em torno do nome do deputado distrital eleito Wellington Luiz(MDB).
O deputado emedebista se movimenta da direita, passando pelo centro e chegando à esquerda, setores que permeiam os 24 membros da Casa Legislativa.
É dado como certa a dobradinha MDB/PT, com a participação do deputado eleito Ricardo Valle(PT), como vice-presidente da chapa.
Wellington, que já foi vice-presidente da CLDF (biênio 2017/2018), retorna a Casa, após quatro anos fora, por não ter conseguido se reeleger em 2018.
Mesmo sem mandato, nos últimos quatro anos, o ex-presidente do Sindicato dos Policiais Civis do DF, se tornou um aliado de primeira hora do governador Ibaneis Rocha, e da vice-governadora eleita, Celina Leão (PP).
Os dois querem ele na cadeira numero 1 do legislativo local.
Eleito em outubro passado, Wellington usa do pragmatismo e avança nas tratativas com deputados da base aliada do governo.
Ele também soube se articular com os partidos de esquerda e pode ter como vice da sua chapa, o deputado eleito Ricardo Valle(PT), que ainda precisa ter o nome referendado pela bancada da Câmara Legislativa.
É verdade que a dobradinha, nesse sentido, só está sendo possível graças o empenho e a costura feita pelo experiente deputado Chico Vigilante(PT).
A coluna Radar Político apurou que a bancada queria que Vigilante fosse o vice de Wellington.
Mais tanto Chico como o deputado eleito Gabriel Magno(PT), teriam declinado do posto em favor do também tarimbado Ricardo Valle, que volta a CLDF, após ficar quatro anos sem mandato.
Wellington já conta com 16 votos dos 24 deputados que comporão a próxima legislatura.
Pode-se considerar que os votos mais emblemáticos, destes, virão dos três deputados do PT, dos dois deputados do Psol e de Dayse Amarilio, única deputada eleita pelo PSB.
Se ele contou com a costura feita por Chico Vigilante, para se viabilizar com os votos dos partidos de esquerda, Wellington teve que contar, também, com a ajuda do deputado João Hermeto(MDB) para abater em pleno voo a candidatura do distrital Iolando, colega de partido.
Isolado, Iolando sinaliza para a desistência. O campo está limpo e não tem como dar errado.
*Toni Duarte é Jornalista e editor do Radar-DF, com experiência em análises de tendências e comportamento social e reconhecido nos meios políticos da capital federal. Siga o #radarDF