O ataque realizado na manhã desta quarta-feira(5), à creche Bom Pastor de Blumenau, Santa Catariana, que resultou na morte de quatro crianças e ferimentos graves em outras cinco, fez acender a luz de alerta dos operadores da Segurança Pública do Distrito Federal.
Ataques a escolas são um problema sério e preocupante em todo o mundo.
Ao RadarDF, a Secretaria de Segurança Pública informou na manhã de hoje (06), que a Polícia Militar do DF, por meio do Batalhão Escolar, segue reforçando a segurança nas unidades de ensino do Distrito Federal.
Disse que os setores de inteligência da SSP/DF e das forças de segurança, atuam no monitoramento de redes sociais para orientar ações preventivas.
Informou também que, em 2022, a Secretaria de Segurança levou o programa para escolas de Ensino Médio das Regiões Administrativas de Sobradinho I e II, Recanto das Emas, Taguatinga, Ceilândia, Estrutural, Itapoã e Riacho Fundo II, alcançando um público de cerca de 1,6 mil estudantes.
Outra medida para coibir a violência nas escolas do DF, foi a implementação do Plano de Urgência pela Paz nas Unidades Escolares do Distrito Federal, uma ação conjunta da Secretaria de Educação com a Secretaria de Segurança.
De imediato, o pacote de iniciativas foi levado a 126 escolas nas quais foi detectado o maior número de casos de brigas e agressões entre os alunos.
No entanto, o olhar das autoridades seguem atentos em torno da sequência de ataques com mortes no Brasil.
Entre 2022 a 2023 foram registrados cinco ataques.
De 2011 até o atentado ocorrido ontem, na creche de Blumenau, 37 pessoas, entre alunos, professores e funcionários de estabelecimentos de ensino, foram assassinadas.
É importante lembrar que a prevenção a ataques em escolas é uma responsabilidade compartilhada entre a comunidade escolar, autoridades e famílias.
Consultada pelo RadarDF, a psicóloga Sandra Silveira define que esses ataques costumam ser cometidos por indivíduos que apresentam problemas emocionais ou por pessoas que desejam causar danos e propagar o medo.
Conclui ainda que esse tipo de ataque tem impacto não só para as vítimas e suas famílias, mas também para a comunidade escolar e a sociedade como um todo.
Apesar de algumas medidas já implantadas no DF, pode ser tomadas outras como a adoção de políticas de segurança mais rigorosas, o treinamento de professores e alunos para identificar comportamentos suspeitos e a implementação de negociação de violação anônima de ameaças ou comportamentos de risco.
Além disso, é importante o Estado oferecer tratamento e acompanhamento adequado para alunos que apresentam problemas psíquicos, além de evitar a manifestação de discursos de ódio e intolerância que podem levar à violência dentro da escola.
*Toni Duarte é Jornalista e editor do Radar-DF, com experiência em análises de tendências e comportamento social e reconhecido nos meios políticos da capital federal. Siga o #radarDF
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