É insana e irresponsável a declaração do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao jornal O Globo, nesta sexta-feira (05).
Lula afirmou ter havido um “pacto” entre o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), e as forças policiais do DF, que culminou com os eventos de 12 de dezembro e consequentemente com a invasão da sede dos Três Poderes em 8 de janeiro.
O presidente mentiu ao fazer tais afirmações.
Nem mesmo a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Congresso Nacional, conseguiu, apesar de todos os escarafunchados, não reuniu provas sobre qualquer envolvimento de Ibaneis Rocha nos tristes episódios que culminaram com a invasão das sedes dos Três Poderes da República.
Da mesma forma, a Procuradoria Geral da República (PGR), dona da ação penal, que levou para a Papuda centenas de vândalos envolvidos nos atos antidemocráticos, não conseguiu provas do envolvimento do governador do Distrito Federal nos eventos mencionados.
Diante da evidente falta de provas, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, não teve alternativa senão reintegrar Ibaneis ao cargo de governador, do qual havia sido afastado monocraticamente por longos 60 dias, gerando insegurança jurídica e política em um ente federativo autônomo.
Ao acusar Ibaneis sem provas, Lula comete um crime de injúria e deixa claro que está tentando ressuscitar seu partido, que há quase duas décadas está em declínio no Distrito Federal.
Nem mesmo o próprio Lula consegue ser popular no DF, como apontaram todas as pesquisas de opinião, realizadas ao longo de 2023. Diferente de Ibaneis que continua em alta popularidade.
Como se ver, o “Dia Nacional da Resistência Democrática”, criado para lembrar anualmente o 8 de janeiro, com o propósito de manter viva a memória dos eventos históricos da nação, foi transformado em uma bandeira ideológica do PT, em vez de representar um sentimento de Estado, como deveria ser.