O crescimento político e eleitoral da ex-secretária nacional de Assistência Social do governo Bolsonaro, Maria Yvelônia, fez o atual prefeito de Valparaíso de Goiás, Pábio Mossoró (MDB), e a deputada federal Leda Borges (PSDB) se unirem para tomar os partidos de apoio à sua candidatura a prefeita.
Antes mesmo do lançamento oficial marcado para o dia 1º de agosto, a partir das 19 horas na Mansão Cristal, Yvelônia entrou no gosto do eleitorado e ameaça o poder político de duas raposas velhas que dominam o poder municipal há mais de 16 anos.
O que pertencem ao povo virou uma espécie de negócio.
A primeira investida neste sentido partiu de Leda Borges, que tem como seu, o insosso candidato José Antonio, mais conhecido no meio político de Valparaíso como “Zéleso”.
O candidato de Leda perdeu fôlego na corrida municipal e já foi ultrapassado por Yvelônia, segundo dados de pesquisas qualitativas.
Por outro lado, Yvelônia chega cada vez mais próximo de desbancar Marcus Vinicius, o “Cinquentinha”, candidato do prefeito Mossoró.
A história segue assim: Leda tomou o Republicanos, partido da Igreja Universal, pelo qual Yvelônia era filiada há mais de uma década e que pretendia disputar a prefeitura de Valparaíso de Goiás este ano.
A negociata foi feita diretamente entre Leda e Wanderley Tavares, presidente do partido no DF, em troca do voto dela a Marcos Pereira, candidato à presidência da Câmara Federal, além, é claro, de outras coisitas mais.
Sem o Republicanos, Maria Yvelônia se filiou no Solidariedade e fez uma aliança com o Agir e o Partido da Mulher Brasileira (PMB).
Em menos de 36 horas para a convenção de Yvelônia e a homologação da aliança partidária, marcada para a próxima quinta-feira (01/08), o prefeito Mossoró toma o Agir a preço de ouro, já que não existe almoço grátis.
A negociata foi feita com o presidente estadual da legenda em Goiás, Fernando Meireles.
Candidatos a vereadores do próprio MDB de Mossoró, os quais até agora não ganharam um tostão furado para fazer campanha, falam na cidade que o prefeito teria comprado o Agir por R$ 200 mil reais.
Verdade ou não, é um fato que está sendo considerado por aliados e não aliados.
“Pábio e Leda podem até tomar os partidos, sabe-se lá a que preço, mas não podem comprar o voto e a vontade do povo que cansou dos mesmos e vão lutar por mudanças nas urnas.”
A resposta foi dada por Yvelônia a Francisco Martins, marido de Leda, que foi ontem na casa dela para tentar convencê-la a retirar a candidatura de prefeita. Não conseguiu.
A entrada de Maria Yvelônia na disputa municipal mudou completamente o jogo e fez cair a máscara de Pábio & Leda que jogavam para a plateia de serem ferrenhos adversários, mas não são.
Os dois agora se unem com o mesmo propósito: tentar frear a força do povo em torno de Yvelônia, que passou a ser uma ameaça real, ou serão varridos do papel de Ventríloquo, donos absolutos dos bonecos “Cinquentinha e Zéleso”.