Os mais de seis milhões de goianos, cuja maioria reelegeu o governador Ronaldo Caiado (União), para mais quatro anos, vai pagar a salgada conta com a taxação sobre o agronegócio.
Se aprovada pela Assembleia Legislativa do Estado, a medida do governo, os custos serão repassados ao consumidor sobre os preços dos alimentos, que ninguém tenha dúvida disso.
A medida de Caiado visa compensar os cofres públicos em consequência a redução do imposto sobre os combustíveis ocorrida em junho passado, somente para ganhar as eleições. Agora é outra história.
No pacote de bondades do então candidato Caiado, também foi reduzida a taxa de energia elétrica, telecomunicações e transporte coletivo. Ele fez festa, e o povo também.
Os mais de seis milhões de goianos mal perceberam ou sentiram, que no meio de tanta bondade, havia cheiro de um estelionato eleitoral, para que o governador continuasse no cargo por mais um mandato.
E foi assim que Caiado se reelegeu no primeiro turno das eleições, com 1.806.892 votos, o que representou 51,81% do total. Gustavo Mendanha, segundo lugar na votação, teve 25,20%.
Aos 53 dias da vitória de Ronaldo Caiado, o governador mete a mão grande no bolso da população, principalmente dos mais pobres.
A forma aplicada, para repor o dinheiro com a redução do ICMS, sobre combustíveis, Ronaldo Caiado resolveu criar uma alta taxa de 1,65% sobre os produtos agropecuários produzidos em Goiás.
Ontem (22), um grupo de agropecuaristas invadiu o plenário da Assembleia Legislativa, em Goiânia, para protestar contra a 2ª votação dos projetos que criam o imposto contra o agronegócio goiano.
Antes, as entidades e associações de classe do setor se reuniram com o governador para solicitar a retirada do projeto de lei. Caiado mandou todo mundo as favas.
Em nota, as associações do agronegócio goiano se manifestaram afirmando que o setor está envolto de riscos inerentes à produção, como o aumento dos custos, situação climática, além de passar por incertezas quanto às políticas públicas nacionais.
“Logo, criar uma nova taxa ao setor é um risco ao desenvolvimento do estado e do país”, diz uma nota conjunta assinada pela Faeg, Aprosoja Goiás, Aprova. APMP, OCB Goiás e SGPA.
*Toni Duarte é Jornalista e editor do Radar-DF, com experiência em análises de tendências e comportamento social e reconhecido nos meios políticos da capital federal. Siga o #radarDF