O cenário político nacional aponta uma federação encabeçada pelo PT com vários partidos, incluindo o PSB, com o objetivo de garantir a reeleição do presidente Lula.
Que ninguém duvide que, na próxima eleição, aqui no DF, os dois rivais ex-governadores, Agnelo Queiroz do PT e Rodrigo Rollemberg do PSB, tenham que caminhar juntos e misturados, sejam quais forem os seus projetos políticos nas próximas disputas eleitorais no Distrito Federal.
Na entrevista publicada ontem (15) pelo RadarDF, o ex-governador Agnelo detonou o ex-governador socialista Rodrigo Rollemberg e o acusa de incompetente para governar o DF.
Agnelo não esquece da campanha de destruição contra ele, como ele próprio classifica, feita pelo seu sucessor no Palácio do Buriti (2014/2018).
O ex-governador petista acusa ainda Rollemberg e o seu governo de persegui-lo da forma mais sórdida, ao manipular o sistema judicial com o apoio da imprensa corporativa para eliminá-lo politicamente e socialmente.
A manifestação de Agnelo se deu após ser declarado inocente pelo Poder Judiciário em processos de improbidade que o tornaram inelegível por oito anos.
A repulsa de Agnelo ao ex-governador Rollemberg não é única. Setores do PT, tanto quanto Agnelo, foram implacavelmente perseguidos. Ninguém engole o socialista que comandou o pior governo da história do DF.
Após a perda do poder de mando da política local há 12 anos, o partido de Lula ainda possui uma militância no DF, mas sem um nome para liderar. Falta vaqueiro para tocar o berrante ou o chocalho, para tanger o gado.
Foi exatamente isso que fez o partido ser coadjuvante na eleição de 2022. Teve que carregar o pesado fardo do inelegível Leandro Grass (PV), candidato derrotado ao Buriti.
O enfraquecimento do partido no DF, foi sentido nos resultados no 1ºe 2º turno da disputa eleitoral entre Lula e Bolsonaro na eleição passada.
O reflexo negativo continua até hoje, mesmo com o PT no comando do Palacio do Planalto.
De acordo com as últimas pesquisas realizadas no Distrito Federal, a hegemonia bolsonarista ainda é muito forte.
Mesmo contando com figuras como Agnelo Queiroz, ex-governador, Paulo Tadeu, ex-distital e atual Conselheiro do TCDF, e a deputada federal vitalícia Erika Kokay, ainda é uma dúvida para o petismo brasiliense escolher um nome verdadeiramente representativo para apoiar em 2026 e ajudar Lula a se reeleger.
Não surpreenderia se o PT nacional optasse por Rodrigo Rollemberg (PSB) para concorrer ao Buriti nas próximas eleições, repetindo a estratégia que levou à escolha do hoje inelegível Leandro Grass em 2022.
Mais uma vez, o PT do DF terá que engolir o choro sem reclamar. Isso inclui o ex-governador Agnelo.