No município de Valparaíso de Goiás, considerado o terceiro mais populoso do Entorno, uma situação de abandono e descaso com a população vem se acentuando, mesmo com um orçamento anual robusto de R$700 milhões.
Com ruas e avenidas completamente destruídas por buracos e a chuva levando embora a borra de asfalto remanescente, os cidadãos sofrem diariamente com a falta de infraestrutura básica.
O atual prefeito de Valparaíso, Pábio Mossoró, que está há um ano das eleições municipais de 2024 e o fim do seu 2º mandato em 1º de janeiro de 2025, tomou uma medida questionável ao contrair um empréstimo de R$70 milhões em fevereiro deste ano do Banco do Brasil.
A justificativa de Mossoró era destinar o montante para a execução de drenagem, pavimentação e manutenção de cinco ruas do Setor de Chácaras Anhanguera A, B e C, além da instalação de meio-fio e sarjetas.
No entanto, a situação tomou um rumo inesperado quando a empresa responsável pela execução dos serviços desapareceu em maio, após ter recebido R$14 milhões, segundo denúncia enviada à Ouvidoria do Ministério Público de Contas de Goiás.
Com esse cenário de destruição e abandono, a população constata que não há nenhuma cobrança efetiva por parte dos 13 vereadores da Câmara Municipal, que deveriam atuar como fiscalizadores dos atos do prefeito.
O apoio irrestrito desses vereadores a Pábio Mossoró evidencia a falta de compromisso com o bem-estar da população.
“Tudo vendido”, acusa uma moradora do Setor Anhanguera que estar com a casa a beira de um abismo.
Para os moradores do Anhanguera, é estranho que o secretário de Infraestrutura, Habitação e Serviços Urbanos do atual prefeito, Marcos Vinícios, conhecido popularmente como “Cinquentinha”, tenha contrato uma empresa que pegou uma boa parte do dinheiro e deu no pé.
“Cinquentinha” é candidato de Pábio Mossoró à prefeitura nas eleições municipais do próximo ano.
Marcos Vinícios carrega esse apelido por ser flagrado comprando voto por R$50,00 na campanha de 2012 quando se elegeu a vereador.
Na época ele teve o mandato cassado pelo juiz José Augusto Melo Silva, da 33ª Zona Eleitoral por compra de votos e abuso de poder econômico.
Voltando a história do dinheiro para infraestrutura do Anhanguera e o fato do dinheiro ser colocado à disposição da Secretaria pilotada por Cinquentinha, causou ainda mais desconfiança e especulações sobre como esse empréstimo milionário foi utilizado e por quem de fato está sendo beneficiado.
Pela ouvidoria, uma denúncia foi formularizada junto ao Ministério Público de Contas de Goias para apurar o sumiço da empresa e a dinheirama paga a ela sem a execução do serviço para qual foi contratada.
A falta de transparência, a má gestão dos recursos públicos e a negligência dos 13 vereadores de Valparaíso de Goiás são elementos que comprometem a credibilidade e a confiança no poder executivo e no legislativo municipal.
Em uma cidade com um orçamento anual tão significativo, os cidadãos continuem sofrendo com problemas básicos de infraestrutura e por outras mazelas.
Com as eleições municipais de 2024 se aproximando, o povo de Valparaíso de Goiás tem que começar a repesar em eleger políticos desonestos que só pensam em conquistar um mandato para em benefício próprio.