O ex-deputado distrital e candidato derrotado ao governo do DF, nas eleições de 2022, Leandro Grass(PV), enfrenta dificuldades para segurar um cargo, na estrutura do governo Lula.
A aflição do professor está no fato de ter que se apresentar á Secretaria de Educação do Distrito Federal, de onde é servidor de carreira, caso não consiga nada.
Grass passou quatro anos fora das salas de aulas para cumprir o mandato de deputado distrital. Gostou da política, do contracheque e mais ainda, da mordomia parlamentar.
Se encheu de esperança ao ser convidado (ou se auto convidou?) para integrar um grupo de trabalho do governo de transição que se dissolveu no último dia 22 de dezembro.
De lá para cá, Leandro Grass segue na pipoca do empurra-empurra, em busca de um lugar, seja lá qual for. E aja gente na muvuca.
As dezenas de selfs, tipo “papagaio de pirata”, publicadas em seu twitter, ao lado de ministros, secretários executivos e de dirigentes partidários da federação PT/PV/PCdoB, não tem surtido efeitos, pelo menos, até agora, que possa garantir ao professor, um lugar na Esplanada.
A situação tá osso. O Partido Verde, legenda que Grass é filiado, não tem Ministério.
Partidos como União Brasil, MDB, que apoiaram Lula no segundo turno, além da turma do Centrão, que votou a favor da PEC dos Gastos, todos abocanharam uma boa fatia do bolo.
Coisa de profissionais e não de amadores.
Ele se agarrou, então, com a ministra da Cultura Margareth Menezes. Pediu a presidência do Instituto do Patrimonio Histórico e Artístico Nacional.
No entanto, servidores da autarquia torceram o nariz pra ele. Rejeitam o nome de Grass por não ter perfil e nem estatura para conduzir o órgão.
Além disso, tem uma penca de pretendentes na fila na porta do gabinete de Margareth, que não diminui nunca.
É verdade que a maré baixa não está apenas para o pescador de cargos, Leandro Grass.
Não se tem notícias que nomes do “PT raiz” do DF, como o de Geraldo Magela e outros, tenham sido cogitado para ocupar posições importantes no governo Lula.
A coluna política do RadarDF apurou, que o único nome até agora escolhido, para uma importante posição na Esplanada, foi o de Swedenberger Barbosa, conhecido por Berge.
Ele tomou posse na segunda-feira (02), como secretário executivo do Ministério da Saúde, segundo cargo mais importante dentro do escalão da pasta.
Mesmo assim, a indicação não foi da cota do PT do Distrito Federal.
A madrinha do petista foi a governadora Fátima Bezerra, do Rio Grande do Norte. Bege também é potiguar.
O dentista já atuou no Palácio do Planalto, entre 2003 e 2012, exercendo cargos como Chefe de Gabinete-Adjunto da Presidência da República de Lula, e como secretário-executivo da Casa Civil.
Berge trabalhou ainda no GDF, entre 1996 e 1998, como secretário do então governador petista Cristovam Buarque.
Entre 2012 e 2014 esteve como secretário-chefe do então governador Agnelo Queiroz(PT). O cabra é articulado.
Mas retornando a estória da penosa peregrinação de Leandro Grass, por uma colocação urgente, na estrutura do governo Lula, é que o tempo para ele estar se esgotando.
Sorrindo para não chorar, Grass pode voltar a lidar com alunos barulhentos na sala de aula, trabalho que ele luta para não querer mais.
*Toni Duarte é Jornalista e editor do Radar-DF, com experiência em análises de tendências e comportamento social e reconhecido nos meios políticos da capital federal. Siga o #radarDF