O presidente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, Leandro Grass, segue apostando todas as suas fichas em que o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, possa intervir no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) ao seu favor.
Grass acredita que isso será uma grande ajuda para reverter a decisão do Tribunal Regional Eleitoral do DF, que o condenou, na última segunda-feira (4), à perda dos direitos políticos por 8 anos por ter divulgado notícias falsas durante a campanha eleitoral de 2022.
Nos bastidores, Grass, conhecido nos corredores da política como o “Rei das Fake News”, se movimenta por meio de um recurso para anular a decisão.
Para os defensores do presidente do Iphan, a inelegibilidade pode ser anulada por ter sido resultado de uma decisão frágil de 4×2.
Houve um membro que faltou, já que a Corte Eleitoral local é composta por sete desembargadores.
A decisão é vista como um empate técnico.
Ninguém duvida da forte influência do presidente Lula junto ao Tribunal Superior Eleitoral, composto por três ministros do Supremo Tribunal Federal; dois do Superior Tribunal de Justiça e dois ministros oriundos da advocacia.
No entanto, é sabido que há uma forte movimentação de petistas históricos, de dentro e de fora do DF, que desejam e torcem pela queda definitiva do “intragável Leandro Grass”, como eles definem o político na horda petista.
Embora a deputada Erika Kokay vá para suas redes sociais para enaltecer Leandro Grass e atacar a decisão do Tribunal Regional Eleitoral, e figuras petistas como Magela, Arlete e outros façam defesas melosas de Leandro Grass, é sabido também que todos eles desejam, de fato, que ele fracasse.
Isso porque, se o TSE derrubar a decisão da segunda instância, é claro que Leandro Grass vai aproveitar para se posicionar como vítima de uma injustiça.
Vai tentar superar o desgaste político por ter torrado dinheiro público em mais de R$1 milhão em uma campanha comprovadamente suja, injuriosa e mentirosa, realizada em 2022, quando foi candidato ao governo do DF.
Caso o TSE endosse a decisão do TRE do DF, Leandro Grass será atingido pela Lei Federal 14.204/2021, terá que ser demitido do cargo de presidente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional- IPHAN.
O PT, que desde 2014 está fora do poder no Distrito Federal e até hoje vive em um limbo político, mesmo tendo Lula como presidente da República, tenta se reerguer sonhando com uma candidatura própria em 202, para mostrar sua eficiência na reeleição de Luiz Inácio Lula da Silva.
Remover os obstáculos do caminho é a prioridade do Partido dos Trabalhadores do DF.
Leandro Grass, do PV, é um desses obstáculos que ofusca o PT local.
Ele foi o nome que os petistas foram obrigados a engolir de goela abaixo em 2022, na corrida pelo Buriti.
Mesmo sendo derrotado no primeiro turno das eleições para o governador Ibaneis Rocha (MDB), Grass ganhou notoriedade e foi o único a se dar bem no governo Lula com o cargo de presidente do Iphan.
Um vexame para aqueles que fizeram o esforço de carregar o pesado fardo que até agora ficaram sem “boquinha” no governo federal.
Portanto, embora haja cenas de salamaleques em torno do coitadinho do PV, o petismo brasiliense espera que Lula não use sua influência para salvar Grass do fogo do inferno.