Se o Superior Tribunal da Justiça (STJ), aceitar o pedido da Polícia Federal, o padre Robson de Oliveira pode ser preso por desvio de mais de R$ 100 milhões da Associação Filhos do Pai Eterno (Afipe), em Trindade, na Região Metropolitana de Goiânia, capital de Goiás.
O esquema foi desmontado pela Operação Vendilhões que apurou uma série de extorsões feitas por hackers contra o padre para que um suposto relacionamento amoroso dele não fosse divulgado.
Robson teria pago R$ 2,9 milhões com dinheiro da Associação dos Filhos do Divino Pai Eterno (Afipe) em troca do arquivamento das mídias.
O Ministério Público e a Polícia Federal encontraram áudios que mostram uma conversa entre o padre Robson de Oliveira e dois advogados sobre o suposto pagamento de propina.
O valor de R$ 1,5 milhão teria sido pago um desembargadores do Tribunal de Justiça de Goiás para receber uma decisão favorável em um processo envolvendo uma fazenda comprada pela Afipe.
Conforme as investigações, as associações criadas pelo religioso movimentaram cercar de R$ 2 bilhões em dez anos. A investigação contra o padre Robson de Oliveira começou quando ele ainda era reitor do Santuário Basílica do Divino Pai Eterno.
No ano passado as investigações contra o religiosos foi ininterrompidos por ordem do Tribunal de Justiça de Goias por entender que não estavam presentes os crimes apontados pelos promotores.
Em nota o Ministério Público rebate e sustenta que não foi analisado a legalidade ou não das provas obtidas.
“O objeto de recurso é a tipicidade/atipicidade dos fatos (se há crime ou não há praticado por Robson e os demais)”, diz a nota.