O ASSUNTO É

ROGÉRIO ULYSSES ABRE O VERBO: “Rollemberg é um ser perigoso e não há um órgão mais corrupto do que a Agefis”

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Foto: Radar
Rogério Ulysses

O ex-deputado distrital do PSB, Rogério Ulysses avaliou o governo Rollemberg como um dos piores de toda a história política e administrativa do DF. Ele condenou a forma como o governador vem desalojando milhares de famílias hipossuficientes como ocorreu no Morro da Cruz, e diz ainda que a Agefis é o órgão mais corrupto do GDF e que merece ser investigado.

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letra-no sábado passado, o professor da rede pública de ensino, Rogério Ulysses, 42 anos, deixou a capina do quintal de casa na rua 44, centro de São Sebastião onde mora há 38 anos, para atender ao concorrido convite do “Senadinho da Boca do Povo” que se reúne dentro da feira do Produtor do Jardim Botânico para ser sabatinado por um grupo de lideranças da comunidade.

Após seis anos fora do cenário político do DF, para se dedicar inteiramente na busca de sua inocência perante a justiça, por causa do processo da “caixa de pandora” em que foi envolvido sem nenhuma prova de enriquecimento ilícito, Rogério Ulysses, aos poucos, tenta sair da derrocada e do ostracismo em que foi jogado.

barrinha“A minha vida e o meu destino estão entregues ao judiciário pelo simples fato de ter o meu nome mencionado em um caso que envolve 39 pessoas na operação caixa de pandora. Não posso planejar o meu futuro, apesar de não conter neste processo judicial um telefonema sequer, uma gravação suspeita ou qualquer movimentação bancária que possa ensejar uma operação financeira atípica que eu tenha cometido. Mesmo assim, a execração pública que fui submetido foi terrível para a mim e para a minha família”, disse ele.

senadinho
A turma do senadinho

O ex-parlamentar afirmou que virou suspeita no auge da sua carreira política em 2009 por causa de uma denúncia frágil e sem consistência e que hoje nutre a esperança de que o Poder Judiciário decida sobre a sua absolvição. “Foi feita uma busca e apreensão criteriosa em minha casa e nada encontraram. Essa é a minha maior defesa”, disse.

Rogério Ulysses disse se sentir grato por ter sido convidado por um grupo de lideranças, composto por servidores públicos, advogados, jornalistas, militares, aposentados e donas de casas que todos os sábados se reúnem ao final de feira para debater os assuntos da cidade do Jardim Botânico e do DF.

“Aqui me sinto em casa, entre pessoas amigas que me conhecem, que acreditam em mim por saber da história do menino crescido em São Sebastião e do meu sofrimento por ter sido jogado injustamente na vala da corrupção que tenho plena certeza de que a justiça fará a minha absolvição”, disse.

“Mau caráter”

Sendo na época um deputado do PSB, partido do governador Rodrigo Rollemberg, no entanto, Rogério afirmou que foi abandonado pelo partido no momento que mais precisou e que ficou sem legenda para disputar a reeleição em 2010. “O que mais doeu foi saber quem comandou tudo isso contra mim foi aquele que se julgava puritano, o dono do PSB, Rodrigo Rollemberg. Rogério disse conhecer Rollemberg por dentro e todos os seus hábitos nada sociais.

“É um mal caráter e oportunista. Rollemberg é um ser perigoso que não aceita ser contrariado ou quem faça sombra a ale. Ele abandonou Garotinho que foi candidato a presidente da República que está preso hoje, para apoiar Lula que se tornou presidente e que corre o risco de ser preso amanhã. Ganhou de presente a Secretaria Nacional de Inclusão Social com um orçamento bilionário, mas que nunca gastou um centavo em Brasília. Foi apontado por Fernando Gabeira como sendo o sanguessuga do cerrado sob a acusação de ter desviado milhões de reais por meio de Ong’s de fachadas, controladas por Márcia Rollemberg, recursos do Ministério de Ciência e Tecnologia”, afirmou.

O esquema continua

Na visão de Rogério Ulysses, o esquema das ongs da família Rollemberg continua, principalmente neste momento em que o governo quer entregar o sistema de saúde do DF para as organizações  sociais. “Isso não é nada mais é do que institucionalizar, em uma escala mais ampla, o que ele já vinha fazendo com as emendas parlamentares dele, como deputado distrital, deputado federal e senador e que agora quer fazer como governador. Na verdade, ele quer passar o dinheiro público para o privado para escapar do controle do Tribunal de Contas, do Ministério Público, da Câmara Legislativa e Câmara Federal. Esse modus operandi dele é antigo. É aquele de terceirizar para as organizações sociais que tem CNPJ constituído apenas para ter acesso ao recurso público sem ter que prestar contas aos órgãos de controle”, apontou.

Derrubadas de casas

O ex-parlamentar condenou as operações de derrubadas de casas ocorridas no Morro da Cruz em São Sebastião que deixaram 31 famílias desabrigadas sem ter para onde ir. “A força empregada foi desproporcional com prisões e o emprego da violência contra famílias indefesas que tem o direito de moradia e que se sentem excluídas por não existir programas habitacionais neste governo”. Rogério Ulysses disse que o Estado criou um mostro que é a Agefis, um dos órgãos mais corrupto do GDF. “Quem oferece dinheiro fica em pé, quem não, vai para o chão. Por isso ocorrem as derrubadas seletivas. A Bruna decide o que pode ser derrubado e o que não pode ser derrubado, mesmo a edificação estando na mesma área que a Agefis aponta como irregular ”.É claro que algo de muito errado tem nesse angú, disse.

Câmara Legislativa

Ulysses avaliou a atual legislatura da Câmara Legislativa como “frouxa”. “Todos os deputados deveriam entender que quem estiver do lado de Rollemberg vai se afundar com ele. A sociedade toda está se perguntando: por que os 24 deputados estão de cócoras pedindo para que o governador acabe com a carreira deles? Que tipo de vantagem que esses deputados estão levando para serem tão submissos assim? São poucos os que não estão nesta lista, como Celina Leão, Bispo Renato, Wellington Luiz e o próprio Raimundo Ribeiro. Estes perceberam que o governo está afundando e a população está indignada. O resto irá se afundar eleitoralmente com Rodrigo Rollemberg. Cada um deles irá sentir o gosto amargo nas urnas e 2018”, prevê Rogério Ulysses.

ROGÉRIO ULYSSES FALA NA TV RADAR

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