Nem mesmo as recomendações feitas pelo Ministério Publico, Tribunal de Contas, Tribunal de Justiça e pela Câmara Legislativa do Distrito Federal fizeram com que o governador Rodrigo Rollemberg tomasse a iniciativa de cancelar um contrato de licitação fraudulenta, montado por uma quadrilha ligada a empresas de ônibus e servidores do GDF. A bandidagem desviou mais de 16 bilhões de reais em vários estados.
deputado Bispo Renato Andrade (PR), presidente da CPI do Transporte Público da CLDF disse ao Radar que o governador Rodrigo Rollemberg acolheu para si o esquema de corrupção de R$16 bilhões que escandaliza o Brasil.
Quatro meses depois do fim dos trabalhos da CPI do Transporte da Câmara Legislativa, o assunto voltou à tona, abordado por todos os jornais da TV Globo, nesta quinta-feira 04, em que detalha de como foi montado o esquema que operou em 19 cidades de sete estados e do Distrito Federal com o objetivo de favorecer empresas de duas famílias – Constantino e Gulin.
Para o deputado Bispo Renato, o governador Rodrigo Rollemberg não tomou e nenhuma iniciativa para cancelar o contrato fraudulento que continua sendo mantido pelo Governo de Brasília, apesar das investigações feitas por todos os órgãos de controle, de fiscalização e pelo Poder Judiciário chegarem à conclusão, com provas cabais, que a licitação feita no governo passado foi fraudada por uma quadrilha com a conivência de servidores do GDF.
Em maio , o juiz Lizandro Gomes Filho, titular da 1ª Vara da Fazenda Pública do Distrito Federal, mandou que o Governo de Brasília anulasse a licitação feita pela gestão passada por irregularidades encontradas no certame que envolve o GDF e as empresas Expresso São José, Marechal, HP-Ita Transportes (Urbi), Pioneira e Piracicabana.
A decisão pedia ainda a suspensão dos contratos administrativos da bacia 1, que engloba Brasília, Sobradinho, Planaltina, Cruzeiro, Sobradinho II, Lago Norte, Sudoeste/Octogonal, Varjão e Fercal, além da bacia 4, com Taguatinga, Ceilândia, Guará, Águas Claras e Park Way.
Rollemberg se fez de surdo para as recomendações das autoridades e mandou recorrer da decisão judicial para proteger os interesses das empresas que controlam o sistema de transporte urbano no DF e que cobra pelo péssimo serviço a passagem mais cara do Brasil, na avaliação do deputado Bispo Renato.
“O governador continua colaborando com a criminosa prática continuada da máfia do transporte publico, que já dura mais de dez anos, por não tomar nenhuma iniciativa para cancelar, em definitivo, essa licitação. E mais: o governador demonstra que está conivente com o crime e com a quadrilha que desviou mais de 10 bilhões de reais. Isso é assustador”, afirmou o deputado.
Da Redação Radar