O governador Rodrigo Rollemberg em parceria com o deputado Chico Vigilante(PT) não terá nenhuma dificuldade para aprovar um projeto de lei que permite a venda de gasolina e álcool em supermercados, hipermercados e shopping centers. Mas, segundo o Grupo Especial de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público do DF, a proposta que tramita na CLDF é do interesse do cartel de combustíveis, organização criminosa investigada pela Operação Dubai da Policia Federal que faturava R$1 bilhão por ano no aumento do produto aos consumidores. Se for aprovada, o MP promete derrubar a lei na Justiça.
ntre os muitos políticos do DF (entre eles grande parte dos 24 deputados distritais), que tiveram suas campanhas turbinadas pela máfia do combustível na eleição passada, tanto o governador Rodrigo Rollemberg como o deputado distrital Chico Vigilante, tiveram ajuda de postos de gasolina e do setor atacadistas do setor de alimentos, respectivamente.
A Cascol que domina o mercado de combustível com 91 dos 315 postos espalhados no DF dou a Rollemberg R$ 78.929,99. Já dos R$ 227 .896,28 arrecadados por Chico Vigilante na eleição paassada , a maior parte foi doada pelo setor atacadista de alimentação como a B2M atacadista e a Maximus atacadista.
Na reunião entre Rollemberg e 23 dos 24 deputados distritais no Buriti na segunda-feira, a proposta que permite postos de gasolina em supermercados, hipermercados, shopping centers foi colocada na pauta. Chico Vigilante que sempre foi um feroz combatente contra a máfia da gasolina de Brasília se rendeu à “roda de conversa” no Buriti.
Chico Vigilante que no inicio desse ano havia apresentado, pela terceira vez um projeto, quase idêntico, com o objetivo da liberação dos postos de combustível em supermercados aceitou o acordo para que os dois projetos sejam aprovados apensados. A proposta foi aprovada pela CAF nesta segunda-feira (02) e segue de forma acelerada para outras comissões.
Rollemberg uniu o útil ao agradável: de um lado “convenceu” Chico Vigilante a contribuir com o um poderoso cartel que eleva o preço da gasolina e que fatura alta explorado o consumidor. Do outro, deu a possibilidade dos donos de supermercados a optarem por essa atividade econômica desde que pague a Onalt (Outorga onerosa de alteração de uso).
Para a procuradora áurea Regina Amim do Grupo Especial de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público do DF essa proposta do Executivo e de Chico Vigilante tem apenas o objetivo de atender aos interesses do cartel do combustível por inviabilizar a concorrência.
Esse ponto de vista, segundo a procuradora, se apoia as inúmeras provas colhidas pela Operação Dubai que levou a prisão os cinco mais poderosos donos de postos de combustível do DF, entre eles Antonio Jose Matias de Sousa dono do Grupo Cascol, disse ela hoje pela manha em uma entrevista a Radio CBN. A promotora afirmou ainda que caso a proposta se torne lei, o Ministério Publico vai trabalhar para derruba-la na justiça.
Da Redação Radar
