Depois que perdeu a longa queda de braço dentro da Comissão de Ética e correndo o risco de ter o mandato de deputado cassado pelo plenário da Câmara, o presidente afastado Eduardo Cunha (PMDB –RJ), promete ir a forra ate mesmo contra aliados que o traíram. No pacote a ser jogado dentro da lava jato estaria quase à metade dos 513 deputados federais, entre eles, alguns do Distrito Federal.
á quem diga que o “fogo amigo” de Eduardo Cunha mexeu a onça com a vara curta o que pode levar o presidente afastado da Câmara dos Deputados a se vingar da mesma forma que fez com o PT ao acolher o processo de impeachment que levou ao afastamento da presidente Dilma Rousseff.
Depois do resultado da admissibilidade do processo de cassação do mandato dele pelo Conselho de Ética que no último dia 14 aprovou, por 11 votos a 9, parecer do deputado Marcos Rogério (DEM-RO) , o deputado Cunha tem repetido que não será jogado no fogo do inferno sozinho ao lado da mulher, Cláudia Cruz, e a filha, Danielle por causa dos pecados da corrupção cometidos por ele e compartilhado com muitos colegas seus.
De acordo com Procuradores da República de Curitiba, no inquérito da lava jato que investiga as contas secretas de Cunha na Suíça, aparece nomes de quase a metade dos deputados federais, entre eles alguns de Brasília. Ainda não se sabe quem são eles, porém podem ser nominalmente apontados pelo próprio Cunha já que está propenso a fazer a sua delação premiada caso venha perder o mandato. As ameaças de Cunha está deixando muita gente sem dormir.
O PROCESSO DAQUI EM DIANTE
O rito para a continuidade do processo de cassação do peemedebista é o seguinte:
1. A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara abre um prazo de 5 dias úteis para que Eduardo Cunha recorra da decisão do Conselho de Ética. Ele já disse que irá recorrer e que apontará supostos vícios e erros para tentar anular o processo;
2. Cabe ao presidente da CCJ, deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR), incluir na pauta de votações da comissão o recurso de Eduardo Cunha. Enquanto o recurso não for votado, o processo fica suspenso. Não há nenhum prazo para que o recurso seja votado;
3. Após a votação, a decisão da CCJ é publicada no dia seguinte no Boletim Administrativo da Câmara. Depois de 2 sessões da Casa, o processo contra Cunha é incluído na pauta de votação do plenário. O tema tem preferência, mas não “tranca a pauta” em momento nenhum. Isto é, não impede que outros projetos sejam votados antes. O momento da votação depende, em tese, do presidente interino da Câmara, Waldir Maranhão (PP-MA).
ESTRATÉGIA
Aliados de Eduardo Cunha consideram que uma das alternativas à cassação é apresentar emendas ao relatório de Marcos Rogério (DEM-RO) no plenário, propondo uma pena mais branda. Essa estratégia só é possível caso seja aprovado o relatório de Arthur Lira (PP-BA) sobre a consulta formulada por Waldir Maranhão.
Da Redação Radar