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Mical Damasceno: quando política e fé se harmonizam, ganha a sociedade

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Não tenho a menor convivência com essa deputada, salvo engano, a vi, pessoalmente, uma única vez, quando da visita do então presidente Bolsonaro, na BR 135, ocasião que presenteei o presidente com o exemplar de um livro, de minha lavra, coletânea de artigos que escrevi sobre ele, a iniciar de quando ele ainda era deputado federal.

Mas acompanho, talvez até sem o interesse devido a trajetória política dessa cidadã maranhense e brasileira, deputada Mical Damasceno.

Mas conheço muito bem o seu pai, visto eu ter a honra de ser filho das Assembleias de Deus, desde os meus avós e o seu pai, Pedro Aldi Damasceno era, talvez, o maior amigo de um dos meus tios mais queridos (in memorian), pastor Manoel Bentivi.

Feito esse prelúdio, vamos ao que interessa.
Na Grécia a política era a atividade mais nobre e os melhores filhos eram gestados para a política, tanto que Platão estava a ela destinado, não o sendo, decerto, por influência do professor Sócrates. Bendita ocorrência, perdemos um “tirano para Atenas” e ganhamos um templo para a filosofia e para a ciência.

Mas a política faz parte da vida, queiramos ou não, e a história mostra isso com clareza, entretanto outra matiz do comportamento humano também é indelével: a religiosidade. Uma questão se assoberba: política e religião devem andar juntas? Isso é benéfico ou maléfico para a sociedade?

Como estudioso e com vivência nos dois assuntos, por falta de espaço não me aprofundarei, aqui, nessa resposta, mas ponho-me à disposição para uma palestra ou seminário em qualquer tempo e qualquer instituição. Volto, agora, ao tema.

Por muitos anos satanás vendeu uma mentira como verdade e deu certo para ele: “política não é coisa para homem sério”. Acreditando-se nisso, estamos validando (e validou-se) que a política é para desonestos, corruptos e por aí vai. A mentira de satanás adentrou na igreja evangélica e os cristãos assumiram, sem descortino bíblico, como verdadeira, essa assertiva, porém agora piorada: “política não é para crente”.

Bastava que lessem Provérbios 29:2, 4: “Quando o justo governa o povo se alegra; quando o ímpio domina, o povo geme”. “O rei justo dá estabilidade à nação, mas o que exige subornos a destrói”.

Fui vereador de São Luís e tenho a alegria santa da pureza do meu mandato, mas conheci os caminhos da tentação, capazes de corromper muitas vidas. Conheço trajetória de políticos evangélicos que honram a palavra e a fé, também conheço inúmeras que são verdadeiros monumentos ao reino do maligno.

O mandato da deputada Mical Damasceno, ao meu critério, honra a palavra, a fé e se constitui como uma pregação viva da mensagem do reino.

Ela tem sofrido severas perseguições, a mais midiática refere-se a um ataque machista e preconceituoso que foi vítima, cuja investigação, salvo engano, está arquivada. Nesse paraíso da democracia, que é o Brasil, longe de mim questionar qualquer coisa, inclusive arquivamentos.

Mas posso perguntar (ainda creio, eu!): caso o citado episódio tivesse como personagem uma líder esquerdista da ideologia de gênero e o acusado de agressão fosse um conservador, por exemplo, o deputado Wellington do Curso ou o vereador Marquinhos, a investigação teria o mesmo desiderato? Como não tenho obrigação pela resposta, satisfaço-me com a indagação.

Finalmente, para não ser enfadonho, a deputada Mical Damasceno, com seu mandato, está honrando não somente aos evangélicos, mas aos cristãos verdadeiros, todas as perseguições que ela tem recebido, de maneira repetida, não se referem primariamente ao fato de ser mulher, ser branca, ter nível superior, ser mão ou qualquer coisa que o valha.

ELA É PERSEGUIDA PELO SEU COMPORTAMENTO CRISTÃO!!! O apóstolo Paulo, em 1 Cor 11:1, diz: “sede meus imitadores como eu sou de Cristo”; parodiando São Paulo, exorto os políticos do Maranhão a serem imitadores da deputada Mical Damasceno.

Nunca é pleonástico afirmar que nunca votei na deputada Mical e essa matéria também não representa declaração de voto, mais ainda, não necessito de nenhuma retribuição ou reconhecimento de sua parte (não me interesso e nem necessito!!!), mas na certeza de que a luta política é, antes, uma batalha espiritual, reafirmo para a deputada que ela pode contar com as minhas orações e se, por acaso, alguém ouvir a minha voz, insto-o a também orar por essa serva do Senhor.

(*) Médico otorrinolaringologista, legista, jornalista, advogado, professor universitário, músico, poeta, escritor, Mestre em Meio Ambiente (Universidade CEUMA) e D
outor em Administração, pela Universidade Fernando Pessoa, Porto, Portugal.

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