Acusado de matar a esposa e o vizinho por ciúmes, será levado a julgamento do juri popular o sargento reformado da Aeronáutica Juenil Bonfim Queiroz. A decisão do juiz Frederico Ernesto Cardoso Maciel foi publicada na última segunda-feira (29). O duplo homicídio ocorreu em junho do ano passado no Cruzeiro Novo. O acusado permanece preso.
Os crimes cometidos pelo militar Juenil Queiroz, dentro do apartamento do casal, chocou a população do Cruzeiro Novo pela forma como às duas vítimas foram executadas a tiros sem chance de defesa.
O primeiro a ter a vida ceifada foi Francisco de Assis Pereira da Silva, ex-vizinho de quem o militar tinha ciúmes. Juenil suspeitava de uma relação amorosa entre Francisco e a sua esposa, a artesã Francisca Naíde de Oliveira Queiroz, de 57 anos.
Na verdade, Francisco era homossexual assumido. A vítima chegou a pedir clemência ao ter a arma de fogo apontada para a sua cabeça.
Suplicava dizendo que era apenas amigo de Francisca, bem como era amigo de tantas outras pessoas moradoras daquele prédio onde havia morado por vários anos.
Ele estava lá , naquele momento, acompanhado pelo seu companheiro Marcelo com quem era casado há mais de cinco anos para visitar amigos, incluindo a esposa do sargento reformado.
No entanto, o sargento insistia que Francisco de Assis tinha que morrer pela suposta traição. Toda a cena do crime foi filmada por Marcelo, companheiro de Francisco.
A vítima foi morta com um tiro já que não conseguiu sobreviver até chegar ao Hospital de Base. Em seguida, o militar disparou a arma por quatro vezes contra a esposa Francisca Naíde que morreu na hora.
O criminoso foi preso em flagrante. Se condenado pelo juri popular deve pegar 30 anos de cadeia pelos crimes de feminicídio seguido de homicídio. O juri popular ainda não tem data marcada para acontecer.