“Que fechem a Câmara Legislativa pelo amor de Deus!”.
Faixas com dizeres como esses serão fincadas nas proximidades de um dos piores parlamentos do país, cuja atividade exala a bandalheiras e desrespeito a população.
e nada adiantou a grande concentração de pessoas que ocupou a Câmara Legislativa do Distrito Federal durante a audiência pública, ocorrida na segunda-feira, 26. Os deputados distritais não honraram com o que disseram. O interesse pessoal da maioria falou mais alto.
A sustentação da proposta de trancamento da pauta para a votação de projetos de interesses do governo durou menos de 24 horas. Cerca de 17 distritais , inclusive os de “oposição” como os do PT, se atiraram como prostitutas aos braços de quem manda em suas almas penadas: Rodrigo Rollemberg.
Os ventos mudaram após o discurso feito durante a tarde de ontem pelo deputado Agaciel Maia. Ele pedia em nome do governador Rodrigo Rollemberg que aos deputados não trancassem a pauta da Câmara Legislativa e que votassem os projetos de interesse do Governo. Coube ao deputado também transmitir que o governador estaria disposto a receber um grupo de deputados e lideranças comunitárias na próxima segunda-feira no Buriti.
Deputados como Wasny de Roure (PT), que no dia anterior havia sido aplaudido durante a ardência pública por uma massa desesperada de moradores e com medo de perder as suas casas, se rendeu a Rollemberg.
Ele ajudou a aprovar em primeiro e segundo turno o projeto do GDF que aliena a área vizinha ao parque ecológico Ezequias Heringer, no Guará 2 e o projeto de lei n° 1.271/2016, do GDF, que altera a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para 2017.
Quem ouviu o discurso eloquente do deputado Bispo Renato (PR) na tarde desta terça-feira falando de que era a favor do trancamento da pauta e chamando o governo de “truculento” não imaginou que minutos depois o deputado poderia também mudar de lado.
Andrade havia realizado na semana passada uma audiência pública em defesa dos moradores do condomínio Quintas da Alvorada que vive sob a ameaça das demolições realizadas pela Agefis. Muita gente caiu na onde achando que a iniciativa era verdadeira. Bispo Renato, terminou sendo seduzido pelos encantos da serpente do Buriti.
Rollemberg não tem medo de uma Câmara em que deputados usam seus mandatos como moeda de troca em benefício próprio. Basta instalar os dedos para conseguir tudo o que o governo quer. A deputada Celina Leão (PPS), Rafael Prudente (PMDB), Wellington Luiz (PMDB), e Raimundo Ribeiro (PPS) não votaram nos projetos do governo. Infelizmente são a minoria.
Durante toda essa legislatura foram realizadas pela CLDF, sem nenhum resultado prático, cerca de oito audiências públicas para debater a questão fundiária do DF e as operações de derrubadas de casas. A população abandonada cansou desse tipo de evento e não acredita mais em seus parlamentares. As derrubadas vão prosseguir.
Da Redação Radar
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