|Por Toni Duarte//RADAR-DF
O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), com apoio da Polícia Civil do DF, realizaram nesta manhã de quinta-feira (29/08), a terceira fase da Operação Absentia.
O deputado Robério Negreiros (PSD) e o servidor da Câmara Legislativa Arlécio Gazal foram os alvos da operação. Os dois são investigados por falsificar lista de ponto no plenário da Casa.
A residência do deputado que fica no Lago Sul, foi vasculhada por promotores de Justiça do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e pela polícia que cumpriram mandado de busca e apreensão de mais provas sobre um suposto esquema de falsificação da lista de presença instalado na Câmara Legislativa do Distrito Federal.
Da casa de Robério Negreiros a operação trouxe apenas o celular do deputado.
Em maio passado, um inquérito foi instaurado pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) que arrolou o distrital e o servidor da CLDF Arlécio Gazal.
A Coordenação Especial de Combate à Corrupção, ao Crime Organizado e aos Crimes Contra a a Administração Pública (Cecor) começou a apurar a denúncia de falsificação da folha de ponto da CLDF.
Em quatro ocasiões, segundo as investigações, as assinaturas de Negreiros aparecem na folha de ponto do plenário e de comissões quando ele estava fora do país.
A ausência do parlamentar foi comprovada por meios das redes sociais em postagens feitas por ele.
Com os avanços das investigações, o MPDFT entrou também para acompanhar o caso.
Em junho, a organização não governamental “Adote um Distrital” protocolou pedido de cassação de Negreiros, mas a Mesa Diretora resolveu por unanimidade arquivar o pedido.
A Casa justificou que o distrital já havia sido punido ao devolver a grana das diárias, pagas indevidamente, e que o sistema de controle de frequência da Casa é falho sem condições de comprovar se houve má-fé.
Procurado pelo Radar-DF, a assessoria do deputado Robério Negreiros enviou a seguinte nota:
“O deputado Robério Negreiros estranha o fatiamento das diligências – a terceira – já que tem mantido uma postura colaborativa com as investigações. Os questionamentos sobre aferição de presenças estão sobejamente esclarecidos na manifestação unânime da Mesa Diretora da CLDF, amparada em pareceres técnicos que atestam a inexistência de normatização interna para o controle de frequência”.