O governador Rodrigo Rollemberg autorizou nesta quinta-feira (03) o corte dos dias não trabalhados nos contracheques dos técnicos e enfermeiros da Saúde, da Polícia Civil, Detran e dos agentes do Complexo Penitenciário da Papuda
s agentes penitenciários da Papuda que paralisaram as atividades no último dia 10, mas que retomaram ao trabalho ontem, vão continuar amargando o peso da mão do Governo de Brasília que se nega a pagar a última parcela do reajuste salarial, de 17,5%, que deveria ter sido quitada em setembro de 2015.
Além do calote, os servidores vão receber o salário deste mês com oito dias descontados. A medida foi autorizada nesta manhã de quinta-feira pelo governador Rodrigo Rollemberg ao determinar que o secretário da Casa Civil, Sérgio Sampaio tomasse todas as providências, inclusive da abertura de procedimento administrativos, contra os agentes penitenciários grevistas.
Serão penalizadas na mesma medida outras categorias que também cruzaram os braços este mês como é o caso dos técnicos de enfermagem que estão em greve desde o dia 24 de outubro. Apesar de decidir hoje se o movimento paredista continua ou não, mesmo assim receberão no mês de dezembro um contracheque mais magro.
O mesmo vai acontecer com a Policia Civil por causa da operação padrão ocorrida durante 48 horas em que os policiais ficaram de braços cruzados. A PCDF briga pela manutenção da isonomia com a Polícia Federal.
Rollemberg diz que não tem dinheiro, mas eles afirmam que há recursos suficientes já que o Fundo Constitucional será acrescido em mais de R$ 1,2 bilhão, aumentando para mais de R$ 13,1 bilhões em 2017.
Apesar de a greve ainda não ter sido declarada ilegal pela justiça, mesmo assim o governador Rollemberg mandou passar a tesoura sem dó e nem piedade nos contracheques dos policiais civis sob a alegação de que a paralisação prejudicou o serviço público.
O secretário Sérgio Sampaio disse que todos os servidores que paralisaram suas atividades terão seus salários suspensos. “Essa é a nossa posição e vamos mantê-la”, disse ele. Os agentes do Detran que realizaram uma paralisação no último dia 18 anunciaram nesta quinta-feira que irão intensificar o movimento.
Os servidores públicos das 32 categorias que o governo deixou de honrar as negociações salariais pretendem recorrer da decisão do corte nos salários na justiça e ameaçam decretar uma greve geral.
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