Foi decidido pela Fifa que os processos disciplinares em casos de agressão sexual não irão mais prescrever após o prazo de dez anos. A nova medida do código de ética entrou em vigor nessa quarta-feira (1).
Foram denunciados recentemente, alguns casos de abuso, assédio, agressão sexual ou estupro envolvendo jogadores de fama internacional.
O jogador brasileiro Daniel Alves é o caso mais recente. O lateral está preso em Barcelona aguardando julgamento de uma acusação de um suposto estupro a uma mulher em uma boate da Catalunha, no dia 30 de dezembro.
Em outro caso, o ex-atacante Robinho foi condenado a nove anos de prisão na Itália. Ele foi considerado culpado em um caso de estupro a uma jovem em uma boate em Milão. Robinho mora atualmente em Santos, mas não pode deixar o país.
Os casos mais recorrentes são no futebol feminino, com acusações de abuso ou assédio sexual em diversos países.
Com a nova medida, a Fifa prevê que as vítimas possam ser no futuro consideradas como partes nestes casos disciplinares, com a possibilidade de serem informadas da decisão e recorrer.
“As mudanças buscam principalmente melhorar a proteção de algumas partes nos processos levados aos órgãos jurisdicionais da Fifa, dotando a entidade de instrumentos suplementares na luta contra os métodos e práticas ilegais, imorais ou contrárias à ética” escreve a federação internacional em um comunicado.
A nova regra dita também que as federações e confederações informem à Fifa “todas as decisões tomadas em matéria de abusos sexuais e de manipulação de jogos”.