A eleição para a presidência da OAB-DF, que será no dia 17 de novembro, revela uma grande divisão entre os grupos de oposição, com candidatos ligados a políticos e até agremiações partidárias.
A oposição se dividiu em candidaturas individuais, o que reduziu as chances de construir uma frente unificada capaz de desafiar o favoritismo de Paulo Maurício (Poli), candidato da situação.
Os chamados “verdes” sofreram uma maior fratura, devido à dissidência entre Cleber Lopes e Everardo Gueiros.
Este último decidiu lançar uma candidatura independente, demonstrando a falta de união, o que reduz a capacidade de mobilização coletiva para atrair votos.
Outra surpresa foi da ex-administradora regional de Taguatinga, Karolyne Guimarães, que deixou de apoiar Cleber Lopes para se candidatar, adotando uma postura agressiva e atirando para todos os lados, e se brincar, até no próprio pé.
A candidata Cris Damasceno tenta limitar o crescimento de Paulo Mauricio, mas enfrenta dificuldades de crescer eleitoralmente dentro do seu grupo dividido. Virou “rosa solitária” cheia de ego e sem cor.
Neste cenário, onde a oposição marcha dividida, o candidato da situação Paulo Maurício Siqueira mantém o favoritismo.
A continuidade institucional, pregada por ele, favorece sua candidatura, uma vez que transmite uma imagem de estabilidade e coerência administrativa.
Poli coleciona apoios importantes dos ex-presidentes Amauri Serralvo, Francisco Lacerda, Safe Carneiro, Kiko Caputo e dos ex-candidatos à Presidência da OAB-DF, Max Telesca, Paulo Roque, Renata Amaral e Guilherme Campelo, além do apoio do atual presidente Délio Lins.
Outro aspecto relevante a ser considerado é a forte influência política entre as candidaturas de oposição. A maioria tem um padrinho político.
Essa estratégia parece ser contraditória com o sentimento predominante na advocacia.
Segundo pesquisas qualitativas, os advogados tendem a rejeitar candidaturas que apresentem vínculos explícitos com partidos políticos, o que reforça a importância da independência institucional da Ordem dos Advogados do Brasil.
Esses dados podem aumentar ainda mais o apoio à Poli, que, na percepção da classe, é um candidato sem apadrinhamento político.