A 26 dias do pleito para a presidência da OAB-DF, disputado por cinco candidatos, um fato chama a atenção dos mais de 70 mil advogados do Distrito Federal: a volta de um grupo político elitista que acredita que a Ordem deve servir apenas a um seleto grupo de advogados endinheirados, em detrimento da maioria, que só tem o direito de votar, sob pena de multa e até de perder a carteira.
A eleição deste ano, marcada para o dia 17 de novembro, pode colocar novamente à lona o grupo dos “verdes”, atualmente liderado pelo advogado Cleber Lopes, como ocorreu em 2021.
Naquela ocasião, o atual presidente da OAB-DF, Délio Lins (representante dos “laranjas”), derrotou Thais Riedel (verde) com mais de 2 mil votos de diferença.
Agora, os “verdes” enfrentam divisões internas, repletas de egos e disputas por poder, o que favorece o criminalista Paulo Maurício Siqueira, o Poli, que superou os adversários no primeiro debate na TV, ocorrido na noite de ontem.
Não é para menos: nos últimos seis anos, a Ordem brasiliense sofreu uma mudança radical, se tornando menos elitista e mais inclusiva aos mais de 70 mil advogados que atuam no DF.
O Conselho da OAB-DF deixou de ser um instrumento para uma elite que se habituou às benesses das grandes causas e às periodicidades para os quintos constitucionais.
Advogados da periferia deixaram a invisibilidade para se tornarem mais visíveis dentro da instituição.
As subseções agora estão no Conselho da Ordem dos Advogados do Brasil – Seção DF.
Essa nova realidade será difícil de reverter para quem quer voltar à Ordem do passado, marcada pelo privilégio destinado aos poucos.
Foi esse o argumento usado por Paulo Maurício Siqueira (laranja) que desmontou os quatro adversários compostos por “verdes” e “ex-verdes” durante o debate da TV Brasília na noite desta terça-feira(22).