A presença do ex-presidente Bolsonaro, Michele, da vice-governadora do Distrito Federal Celina Leão e da senadora Damares Alves na campanha de Maria Yvelônia vem causando um efeito surpreendente em Valparaíso de Goiás, desde o último domingo (22).
O principal adversário de Yvelônia, Marcus Vinicius (MDB), pode perder a disputa pela prefeitura no próximo dia 6 de outubro.
O golpe foi duro, segundo as próprias palavras do prefeito Pábio Mossoró, principal cabo eleitoral de Vinicius.
O apoio de Bolsonaro e a sua visita ao município para pedir votos pessoalmente para a sua ex-secretária Nacional de Assistência Social, Maria Yvelônia, foram um balde de água fria nas campanhas de Marcus Vinícius, apoiado pelo prefeito Mossoró, e José Antonio, candidato apoiado pela deputada federal Leda Borges.
Durante o comício realizado na praça do Céu Azul, Bolsonaro deixou claro que, em Valparaíso, não era o número 22 do Partido Liberal, ao qual pertence.
“Sou 77”, disse ao lado de Yvelônia, que disputa a eleição pelo Solidariedade.
O comunicado foi direcionado aos evangélicos e ao forte segmento bolsonarista da cidade.
O mesmo foi reforçado pela ex-primeira dama Michele Bolsonaro.
Celina Leão, vice-governadora do Distrito Federal, disse que, caso seja eleita como sucessor de Ibaneis Rocha em 2026, o seu governo será útil para ajudar Yvelônia a governar o município.
Se Maria Yvelônia for eleita prefeita de Valparaíso de Goiás, o poder político da cidade sofrerá grandes alterações, uma vez que, durante quase duas décadas, esteve concentrado em dois grupos: o liderado pela deputada federal Leda Borges(PSDB) e a outra fatia comandada pelo atual prefeito Pábio Mossoró(MDB).
Leda já foi prefeita da cidade e Mossoró, seu ex-funcionário. Ele está no seu segundo mandato, não podendo mais se candidatar.
Enquanto Leda apostou em Zé Antonio, Mossoró jogou as suas apostas no seu secretário de Obras, Marcus Vinicius, que, até antes de Bolsonaro pisar em solo valparaisense, era o líder das intenções de voto.
Agora, o vento parece ter mudado na reta final da campanha. A sensação no comitê de Vinicius é de quem já perdeu.