O candidato a prefeito de Valparaíso de Goiás, Marcus Vinicius Mendes Ferreira, conhecido como “Cinquentinha”, apoiado pela máquina municipal e pelo seu principal apoiador, Sandro Aurélio Fonseca Machado, candidato a vereador, vão tentar esconder até o dia 6 de outubro graves acusações de supostas ações criminosas.
Contra Cinquentinha pesa uma denúncia feita pelo Ministério Público do Estado de Goiás por crime de fraude e falsificação de assinaturas em documentos públicos.
Ele teria fraudado um processo licitatório em que se autobeneficiou com um contrato de mais de R$ 22 mil por mês no Instituto de Previdência e Assistência dos Servidores Públicos de Valparaíso (IPASVAL).
A ação civil nº 201700250997, oferecida pelo MP/GO, que se encontrava engavetada na comarca de Valparaíso desde 2018, foi destravada pela 3ª Turma da 9ª Câmara Civil do Tribunal de Justiça de Goiás no mês de maio deste ano.
O colegiado de desembargadores determinou o andamento do processo que está prestes a ter uma decisão final, antes mesmo do pleito eleitoral de outubro próximo.
O caso que envolve o candidato de Pábio Mossoró está passando despercebido pelos seus adversários.
Até agora, nenhuma coligação partidária de sustentação dos candidatos, como José Antonio (PL), Maria Yvelônia (Solidariedade) e Professora Lucimar (PT), pediu à justiça eleitoral a impugnação da candidatura de Marcus Vinicius pela suposta mancha criminal, não comunicada ao TRE/GO.
Já o caso de Sandro Aurélio Fonseca Machado é ainda mais grave.
O candidato, que estaria ajudando financeiramente a campanha de Cinquentinha, chegou a ser preso em 2018, em Brasília, por uma das fases da operação Ouro de Ofir, deflagrada pela Polícia Federal.
No momento da prisão, Sandro tentava sacar em uma agência bancária R$ 1,4 milhões.
De acordo com o inquérito nº 0001456 -12.2017.403.6000 instaurado pela PF, Sandro integrava uma quadrilha que agia a partir de Campo Grande, voltada à prática de operações financeiras fraudulentas, estelionato e negociação de títulos ilegais.
Sandro foi apontado como o quarto “cabeça” do esquema que fez pelo menos 25 mil vítimas em todo o país
Segundo a Polícia Federal, o grupo criminoso se valia da falsa redistribuição de comissões das vendas de uma mina de ouro explorada há décadas, para induzir investimentos em dinheiro.
A suspeita é de que Sandro tenha arrecadado aproximadamente R$ 40 milhões em golpes, usando artifícios religiosos e se aproveitando da fé das pessoas.
Ele também é investigado em outro caso por ter emitido cheques sem fundo na ordem de R$ 2 bilhões.
No entanto, as quatro certidões da vida pregressa de Sandro, exibidas pelo “DivulgaCand” da justiça eleitoral, indicam que nada consta contra o candidato.
O mesmo ocorre com as certidões referentes a Cinquentinha. Os processo não foram transitados em julgados.
Ou seja, os dois fichas-sujas ainda são considerados fichas-limpas. Só Deus na causa e o povo para salva Valparaíso no próximo dia 6 de outubro.