A disputa eleitoral em Valparaíso de Goiás, na região do Entorno de Brasília, vem ganhando contornos diferentes nos últimos dias.
A polarização do embate nas urnas estar entre a assistente social Maria Yvelônia e o advogado Marcus Vinicius.
Marcos Vinicius (MDB), o “Cinquentinha”, que contou no lançamento de sua candidatura com a presença do governador Ronaldo Caiado (União Brasil), agora sente que Caiado estar cada vez mais distante dele.
O motivo são os fatos que envolvem o candidato a prefeito de Valparaíso.
O advogado e ex-secretário de Obras de Pábio Mossoró é acusado em uma ação civil pública do Ministério Público de Goiás por supostos crimes de fraude e falsificação de documentos públicos da prefeitura.
O processo criminal (Veja aqui a denúncia do Ministerio Público) pode ter um desfecho nada animador para Cinquentinha antes das eleições de 6 de outubro.
Outro problema grave, camuflado pela coligação “Juntos por Valparaíso”, comandada por Marcus Vinicius, é a candidatura a vereador de Sandro Aurélio Fonseca Machado.
Machado coleciona uma série de processos na área civil e criminal.
Em 2018, Sandro foi preso pela operação “Ouro de Ofir” deflagrada pela Polícia Federal contra uma organização criminosa, baseada em Campo Grande, capital sul-mato-grossense, da qual, segundo a PF, ele era um dos integrantes.
Sandro Aurélio disputa um cargo de vereador por Valparaíso pelo União Brasil.
Informações de bastidores apontam que a situação constrange e afasta o governador Caiado, que costuma usar o chavão de que “em Goiás bandido não se cria”.
Caiado teria perdido o entusiasmo de aparecer ao lado de Vinicius nestes 36 dias que faltam para as eleições de 6 de outubro.
Já a candidatura de José Antonio (PL), ou “Zéleso” como é politicamente conhecido em Valparaíso de Goiás, perdeu o rumo do seu projeto no dia do lançamento de sua candidatura, realizado dentro de um boteco do bairro Céu Azul.
Ele esperava que o ex-presidente Jair Bolsonaro, do mesmo partido, gravasse ao menos um vídeo de apoio à sua candidatura a prefeito. O apelo foi ignorado.
A pedra no caminho de José Antonio chama-se Maria Yvelônia, que disputa a prefeitura pelo Solidariedade. Ela surgiu do nada e ganhou força.
A guinada pra cima ocorreu após o apoio declarado de Bolsonaro e da ex-primeira-dama Michele Bolsonaro, além da senadora Damares Alves (Republicanos) e de Celina Leão (PP), vice-governadora do Distrito Federal.
Em um vídeo recente, Bolsonaro reitera e orienta a direita valparaisense a votar em Yvelônia. Veja:
Segundo levantamentos qualitativos, a disputa será travada entre Yvelônia e Cinquentinha nesta reta final da campanha na segunda e mais importante cidade do Entorno.
Nos bastidores da política local, há informações de que o candidato da máquina municipal, ainda comandada pelo prefeito Pábio Mossoró, tenta buscar um entendimento com José Antonio e Leda Borges, bem como uma aproximação com a professora Lucimar (PT).
A estratégia seria uma forma de derrotar Yvelônia e a direita bolsonarista de Valparaíso de Goiás.