Economistas do Goldman Sachs reduziram a previsão para o crescimento do PIB brasileiro em 2020 a 1,5%, número bem abaixo da linha politicamente sensível de 2%. E Carlos Kawall, do Asa Bank, disse que o Banco Central pode eventualmente reduzir a Selic para 3,00%.
O chefe de pesquisa para a América Latina do Goldman Sachs em Nova York, Alberto Ramos, acredita que o Brasil e outros países da região sentirão o impacto nas atividades manufatureira e de serviços, além de comércio, turismo e preços de commodities.
Ramos espera que o banco central reduza a taxa Selic em mais 50 pontos-base este ano, para 3,75%. Kawall, do Asa Bank, foi mais longe, prevendo uma diminuição de 50 pontos-base no final deste mês seguida por outra de 25 pontos-base em maio, deixando o juro básico em 3,50%.
“Porém, não descartamos a continuidade do ciclo de flexibilização, com a Selic sendo reduzida para 3,00%”, afirmou.
O BC reduziu a taxa Selic para uma mínima recorde de 4,25% há um mês, mas pareceu fechar a porta para novo alívio monetário.
O governo deve reduzir em breve sua previsão de 2,4% para o crescimento do PIB este ano.