“Em ano eleitoral eles chegam ao Tororó, prometem alguma coisa e desaparecem depois das eleições”.
A dona de chácara Nadir Vieira de Sousa, 64 anos, embora tenha essa opinião formada em torno dos candidatos paraquedistas que chegam neste período com o discurso fácil em busca do voto no Setor Habitacional Toró, bairro criado desde 2002, no entanto ela ainda guarda a esperança de que, um dia, o GDF e os políticos tomem vergonha na cara e tire a comunidade da escuridão produzida pela falta de iluminação pública. Dona Nadir não acha justo pagar IPTU e não receber de volta os impostos pagos em forma de benefícios públicos.
“Em ano eleitoral eles chegam ao Tororó, prometem alguma coisa e desaparecem depois das eleições”.
A dona de chácara Nadir Vieira de Sousa, 64 anos, embora tenha essa opinião formada em torno dos candidatos paraquedistas que chegam neste período com o discurso fácil em busca do voto no Setor Habitacional Toró, bairro criado desde 2002, no entanto ela ainda guarda a esperança de que, um dia, o GDF e os políticos tomem vergonha na cara e tire a comunidade da escuridão produzida pela falta de iluminação pública. Dona Nadir não acha justo pagar IPTU e não receber de volta os impostos pagos em forma de benefícios públicos.
Composto por 21 condomínios horizontais , bem como centenas de chácaras, o bairro Tororó nos últimos 20 anos nunca recebeu um beneficio do GDF, embora no orçamento participativo o nome do bairro apareça como beneficiado.
Ligado a Região Administrativa de Santa Maria apesar de está distante dela a exatos 50 quilômetros, o bairro Tororó sofre pela falta de assistência que deveria ter. Iluminação publica só dentro dos condomínios, estrutura bancada pelos próprios moradores e doada para a CEB que cobra a conta dos doadores e não dar manutenção.
Só nesta semana, cerca de dez mil moradores ficaram sem energia elétrica por quase seis horas resultados das interrupção elétricas provocadas pela pane de transformadores. Fora dos muros dos condomínios não há um braço sequer de luz nos postes.
A escuridão ao longo da Diogo Machado, principal corredor rodoviário do bairro, bem como as dezenas de transversais que levam aos condomínios e chácaras são um convite para os costumeiros assaltos a mão armada numa comunidade, cujo policiamento é dotado por apenas três policiais e uma viatura velha.
Fazer segurança de dia com esse contingente já é imoral, pior ainda quando é feito no escuro. Quem tem carro próprio ainda está imune ao trafegar pela escuridão das esburacadas ruas de acessos às chácaras e condomínios do bairro. Quem não tem, se aventura a pés e rezando para chegar em casa a salvo.
No dia 22 fevereiro passado, o deputado distrital Israel Batista, recentemente cassado pela Justiça Eleitoral, armou a sua tenda e despejou o seu rosário de promessas diante de 200 moradores cansados dos costumeiros blas, blás blas. O deputado prometeu botar a merreca de 1 milhão de reais, dinheiro de emenda parlamentar, que daria para fazer apenas uma iluminação precária o bairro.
A assessoria do deputado, antes de ele perder o mandato, informou à comunidade que o dinheiro foi remetido à CEB. Mas a empresa por sua vez nega ter recebido esses recursos até o momento. Enquanto isso, os moradores vão seguindo na escuridão e ouvindo as promessas pra boi dormir até as eleições.