| Por Toni Duarte||RADAR-DF
A população não merece pagar “auxilio babá” e outros penduricalhos para os funcionários da CEB e nem continuar refém das constantes ameaças de paralisação da prestação dos serviços. Pelo menos é essa a posição do governador Ibaneis Rocha ao reagir nesta terça-feira (03), contra a anunciada greve dos funcionários da estatal. Ibaneis mandou acelerar o processo de privatização da CEB.
Além dos supersalários pagos a funcionários, fora da realidade do mercado de trabalho, e com um rombo bilionário nas contas, a Companhia Energética de Brasília (CEB), caminha a passos largos para a privatização que ocorrerá nos primeiros meses do próximo ano. Ibaneis Rocha disse que não vai abrir mão disso.
A empresa é um saco sem fundo de prejuízos e deve mais de R$1 bilhão. Caso não quite parcialmente o débito, até o último dia do ano, corre o risco de perder a concessão para o fornecimento do serviço outorgado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
O último trimestre de 2018, na despedida do governo Rollemberg, a CEB amargou um prejuízo de R$ 38,98 milhões em suas receitas. Em 2019, a solução buscada pelo governo Ibaneis para tirar a empresa do vermelho foi a de cortar gastos e travar uma renegociação da dívida junto aos credores para sair da zona de risco.
No balanço do terceiro trimestre de 2019, a CEB registrou um lucro líquido de R$47, 1 milhões. As trancos e barrancos a CEB fechará 2019 com um lucro de quase R$100 milhões.
Enquanto o governo se esforça para tirar a empresa do buraco, os funcionários anunciam greve para manter privilégios que jamais seriam praticados pela iniciativa privada como o “auxilo babá”, quinquênio e “auxilio moradia”
O governador disse hoje que não vai tolerar que a população seja mais uma vez punida com as ameaças de paralisação dos serviços prestados pela Companhia.
Ele determinou que fosse acelerado o processo de privatização da CEB. A medida está sendo aplaudida pela população que nos últimos anos tem sido refém de uma categoria que historicamente anuncia suas greves no período de chuvas e nas proximidades das festas natalinas. Vende logo isso, governador!