No encontro realizado nesta quinta-feira (25), no plenário da OAB-DF, representantes do sindicato dos agentes penitenciários e da Comissão de Aprovados no último concurso realizado pelo GDF para reforçar o déficit do sistema prisional do DF, revelaram para os conselheiros da Instituição que a Papuda é uma bomba relógio a explodir em violência e que a Capital da Republica corre o perigo de ser sitiada pelas facções criminosas cada vez mais organizadas dentro dos presídios
m 2009, o sistema prisional do DF havia 2.500 servidores para 7.000 detentos. Hoje, segundo relato dos representantes do Sindicato dos Agentes Penitenciários, o Complexo da Papuda ganhou uma população mais do que o dobro.
São mais de 15 mil presos para 1.280 servidores. Uma situação desproporcional que pode levar o controle do sistema sair das mãos do Estado para as mãos das facções criminosas, cada vez mais organizadas dentro do Complexo Penitenciário da Papuda.Os servidores pedem a ajuda da OAB para que pr5escione o GDF na agilização do curso de formação dos 900 aprovados no último concurso público para que possa amenizar a grave situação do sistema penitenciário.
Leandro Alan, presidente do Sindpen-DF , disse que há um fato preocupante que gira em torno da inauguração de quatro novos centros de detenções provisórios (CDPs) o que vai elevar ainda mais, segundo ele, a carga de trabalho dos agentes penitenciários, já que o governo pretende deslocar cerca de 400 servidores para garantir a segurança nestas unidades.
“Se isso ocorrer, vamos entrar com um indicativo de greve. Não temos condições de segurar a grande população carcerária e os servidores correm risco de vida se acontecer uma rebelião como vem acontecendo em outros presídios do país”, afirmou Leandro Alan.
Ele disse que o 900 aprovado, no último concurso, mesmo sendo contratados neste momento o número de agentes penitenciários vai continuar defasado. “É preciso fazer mais concursos públicos com urgência para o setor”, defendeu.
Na semana passada o governo publicou no Diário Oficial do DF, a licitação para contratar empresa para realizar o curso de formação dos aprovados em 2014. Leandro afirmou que mesmo assim o processo está sendo muito moroso para sanar um problema que cresce de forma veloz e preocupante e que o governo não está se dando conta disso.
Em conversa com o Radar, o presidente da OAB, Juliano Costa Couto, avaliou que o conjunto de informações trazidas pelos dirigentes do Sindicato dos Agentes Penitenciários, como pelos integrantes da Comissão dos Aprovados revela uma preocupação que não pode ser desprezada pelo governo de Brasília.
“O número de servidores, no sistema, não atende a demanda da população carcerária e que cabe a nós da OAB, pedir celeridade ao governo na realização do curso de formação, bem como a abertura de novas vagas”, disse Juliano Costa Couto.
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