Por Toni Duarte
Custou. Mas o governo do Distrito Federal tomou vergonha na cara e mandou fazer a iluminação pública dos 13 quilômetros da Rodovia Diogo Machado que corta o Setor Habitacional Tororó, onde vivem 10 mil moradores.
Apesar de o bairro ter sido criado em 2002, somente agora, em 2014, o GDF resolveu marcar presença, pela primeira vez, em um setor habitacional onde a falta de infraestrutura e de políticas urbanas, impedem o completo desenvolvimento econômico do bairro onde seus moradores pagam sagradamente seus impostos.
Por Toni Duarte
Custou. Mas o governo do Distrito Federal tomou vergonha na cara e mandou fazer a iluminação pública dos 13 quilômetros da Rodovia Diogo Machado que corta o Setor Habitacional Tororó, onde vivem 10 mil moradores.
Apesar de o bairro ter sido criado em 2002, somente agora, em 2014, o GDF resolveu marcar presença, pela primeira vez, em um setor habitacional onde a falta de infraestrutura e de políticas urbanas, impedem o completo desenvolvimento econômico do bairro onde seus moradores pagam sagradamente seus impostos.
Esta semana, serviu para o teste final das lâmpadas de leds de 400 watts, sustentadas pelos 500 postes de 16 metros, enfiados ao logo da DF-140, cujo sistema é alimentado por 14 transformadores. A iluminação pública da Diogo Machado inicia no grande balão de contorno da BR-251, se estendendo até a fronteira do Jardim ABC da Cidade Ocidental.
“A noite ficou um dia”, avaliou o deputado Wellington Luiz (PMDB) que fez questão de conferir de perto a conclusão da obra, nesta sexta-feira, depois de ter se empenhado junto ao GDF para que o projeto de iluminação da DF-140 saísse da gaveta da Companhia Energética de Brasília – CEB.
“Essa obra foi de grande importância para uma população que ao longo de 20 anos vivia na mais completa escuridão durante a noite, bem como jogada ao extremo perigo em decorrência dos casos de assaltos na estrada pela falta de iluminação”, disse o parlamentar.
“Quero agradecer o empenho do vice-governador Tadeu Filipelli, que nos deu uma força para que essa obra se concretizasse dentro do prazo estabelecido”, concluiu.
O deputado informou ao radar que se empenhará junto ao novo governo que se instala a partir de janeiro do próximo ano, para cobrar a iluminação pública de todas as ruas de acessos aos condomínios do Setor Habitacional Tororó .
O major Sousa Junior, Comandante do Grupo de Policiamento Rural, que faz patrulhamento no Tororó, destacou a iluminação pública da Diogo Machado como um dos fatores importantes para a boa política de Segurança Pública em toda região. “Agora a escuridão de antes deixou de ser um gargalo que facilitava a ação dos bandidos na área”, aponta o oficial da PM.
Se durante o governo de Agnelo Queiroz, pouco foi feito no Tororó, a população do bairro espera que no governo de Rodrigo Rollemberg o setor habitacional saia definitivamente do papel e se materialize como cidade.
O Plano de Ocupação da nova cidade elaborado pela Gerência de Estudos Territoriais – GETER encontra-se concluído desde o ano passado dentro da Secretaria de Habitação, Regularização e Desenvolvimento Urbano (SEDHAB). O assunto está sendo debatido dentro de uma das comissões temáticas do governo de transição.
Estas diretrizes complementares têm prazo de validade de 4 (quatro) anos, conforme estabelece o parágrafo único do artigo 7º da Lei Federal 6.766/79. O Tororó seria a última cidade a ser construída pelo GDF dentro do quadrilátero do Distrito Federal. A área da nova cidade é de 17 mil hectares.
Para readequar a região em uma nova cidade o GDF apresentou emenda ao Plano Diretor de Ordenamento Territorial para mudar a destinação da área que pode abrigar um polo de negócios em Brasília.
De autoria do Executivo, a proposta altera a destinação de uma região onde atualmente só é permitido um baixo adensamento populacional e a transforma em setor de ocupação bem mais significativa. A condição é pré-requisito para a construção de um polo que reunirá instituições de várias nacionalidades voltadas aos negócios.
Trata-se de um espaço em que são instaladas instituições financeiras, principalmente destinadas a investimento em capital de risco. É um setor que une as sedes de bancos internacionais e outros setores, como o mercado de seguros.
A proposta altera o zoneamento de uma área da Terracap (Companhia Imobiliária de Brasília) no entroncamento da DF-001 com a rodovia DF-140 e faz divisa com o Setor Habitacional do Tororó. Classificado como zona de contenção urbana, o terreno só pode abrigar parcelamentos que suportem, no máximo, 15 habitantes por hectare.
Se a região for transformada em zona urbana de uso controlado II, como deseja o Executivo, esse índice salta para 50 pessoas por hectare, ou seja, um adensamento populacional três vezes maior. A longo prazo, a estimativa é de que a população da nova cidade chegue a 900 mil pessoas.
A quantidade de habitantes, então, será demograficamente maior do que 13 capitais brasileiras, entre elas João Pessoa, Florianópolis, Macapá e Campo Grande. O número também supera a soma de moradores de três regiões do DF — Brasília, Ceilândia e Taguatinga, que, juntas, totalizam 811 mil indivíduos.