Cerca de 17 pessoas já estão devidamente identificadas e se tornaram réus em processo na Justiça Federal em Brasília. No entanto, apenas alguns, entre eles Ricardo Leal, considerado o chefe da quadrilha e arrecadador da campanha do ex-governador Rodrigo Rollemberg (PSB), além do ex-presidente do Banco estatal, Vasco Gonçalves, estão presos acusados pelo desvio de R$ 348 milhões no BRB e pagamento de propina de R$ 40 milhões. Alguns figurões da política brasiliense podem estar envolvidos na roubalheira. A PF tá arrochando
Por Toni Duarte//RADAR-DF
A Operação Circus Maximus da Policia Federal, deflagrada em janeiro deste ano, que investiga o desvio de R$ 348 milhões no Banco de Brasília (BRB), fez o juiz Vallisney de Oliveira, da 10ª Vara de Justiça Federal em Brasília, indiciar como réus 17 pessoas.
Por enquanto são: agentes públicos, empresários e agentes financeiros autônomos. As autoridades policiais preveem que nomes de alguns figurões da politica do DF podem ser vomitados pelos indiciados no curso das investigações;
A quadrilha vai responder por crimes contra o sistema financeiro, gestão fraudulenta, corrupção e lavagem de dinheiro em uma ação movida pelo Ministério Público Federal.
As práticas criminosas dentro do Banco começaram em 2014. Ricardo Leal, arrecadador da campanha do ex-governador Rodrigo Rollemberg (PSB) é considerado pelo MPF como o chefe da quadrilha que contava com a participação do ex-presidente do BRB, Vasco Gonçalves.
Ambos foram presos pela PF no final de janeiro. A Polícia Federal não descarta o envolvimento de mais gente no rolo que pode trazer para o centro das investigações notórias figuras políticas de Brasília.
O esquema começou a ser desmontado a partir de uma delação feita pelo doleiro Lúcio Bolonha Funaro, preso pela Lava Jato, ao apontar que o Banco de Brasília abrigava um dos maiores esquemas de corrupção dos quais ele tinha conhecimento.
A Operação Circus Maximus da PF prendeu Ricardo Leal, que desde 2015, comandava o Conselho de Administração do BRB. O esquema já estava se estendendo para o Espirito Santo, Estado governado pelo socialista Renato Casagrande(PSB), logo que findou o governo Rollemberg.
O ex-presidente do BRB, Vasco Cunha Gonçalves, antes de ser preso pela PF, estava recém-indicado para assumir a presidência do Banco do Estado do Espírito Santo (Banestes).