O estado de insatisfação popular pode aumentar ainda mais com o depoimento de Marcelo Odebrecht que ocorre neste momento (terça-feira 13) na Lava Jato. O executivo preso, desde junho do ano passado, neste segundo dia de deleção, vai revelar as vísceras podres da República que pode levar o presidente Temer a renúncia e a consequente prisão de Lula
comandante do Exército, general Eduardo Villas Bôas, diz que há “chance zero” de setores das Forças Armadas, principalmente da ativa, mas também da reserva, se encantarem com a volta dos militares ao poder. Chama de “tresloucados” ou “malucos” civis que batem à sua porta cobrando intervenção no caos político.
No entanto, o general Gilberto Pimentel, presidente do Clube Militar, tem opinião diferente do ponto de vista do comandante geral do Exército:
“O que mais ansiamos hoje é que esses irresponsáveis, do alto de sua ambição desmedida, num rasgo de consciência, lembrem-se que a um povo não pode ser negada a chance de uma saída para suas dificuldades. Acuá-lo pode ser muito perigoso. Ao menos permitam que resolva seus problemas por si só. Deixem espaço para que haja escoamento. Do contrário o caminho será aberto à força”, diz ele em carta divulgada nesta segunda-feira 12 (leia Aqui).
Os debates dentro das Forças Armadas e em todos os segmentos sociais do país, aumentaram depois da delação premiada de Claudio Melo, ex-vice-presidente de Relações Institucionais da Odebrecht que veio a público no final da semana passada. As revelações bombásticas dedicadas ao PMDB, onde Temer, Eliseu Padilha, Moreira Franco e Geddel Vieira Lima, aparecem como operadores de interesses da empreiteira.
Nele, o ex-executivo cita 51 políticos de 11 diferentes partidos. Sobre Temer, diz que o atual presidente pediu pessoalmente R$ 10 milhões a Marcelo Odebrecht, dono da empreiteira, para as campanhas do PMDB em 2014. O nome do peemedebista é mencionado 48 vezes na delação.
Somados a isso, o depoimento de Marcelo Odebrecht que segue pelo segundo dia prestado ao juiz Sergio Moro pode acirrar ainda mais os ânimos de revolta popular contra os principais mandatários da República.
A situação de caos político e econômico e de instituições enfraquecidas pode levar o país a uma grande convulsão nacional. O cenário é de terra arrasada.
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