O comandante da Policia Militar do Distrito Federal, Coronel Nunes, disse que as duas instituições mais importantes da Segurança Pública trabalham harmonicamente no combate a criminalidade e na proteção da sociedade.
ão gostaria de me estender nesse tema, mas posso adiantar que não há nenhum clima de insatisfação ou desavença na relação entre as instituições Polícia Militar e Polícia Civil”, disse ao Radar o comandante geral da PMDF, Coronel Marcos Antônio Nunes de Oliveira, durante uma coletiva ocorrida nesta terça-feira (11).
A resposta do comandante geral girou em torno da pergunta sobre o acirramento do debate da campanha salarial dos policiais civis que se dizem prejudicados nas negociações com o GDF depois que a PM resolveu também pedir aumento e reivindicar o mesmo tratamento isonômico salarial ao governo de Brasília.
Apesar de não haver um pedido formal de reajuste dos bombeiros e policiais militares, o comandante disse que o governo é ciente das reivindicações dos militares. Atualmente, o DF conta com 1.121 oficiais e 12.383 praças da PM enquanto no Corpo de Bombeiros são 759 oficiais e 4.965 praças. O custo com a Polícia Militar, Corpo de Bombeiros e com a Polícia Civil é de R$ 6,5 bilhões por ano.
O GDF se queixa que os recursos do Fundo Constitucional são insuficientes para cobrir a despesa da Segurança e que por isso o complemento é feito com recursos Tesouro do DF, que é chamado de transbordo.
Nunes diz reconhecer as dificuldades que a corporação militar vem enfrentando. Na sua a avaliação, “a causa decorre da pior crise econômica do país onde vários cenários que afetam o sistema de proteção social, como o desemprego e a crescente desigualdades sociais no DF, geram fortes impactos à Segurança Pública”.
Ele conta que ao assumir o comando da PMDF no inicio do ano a previsão era de que 500 policias entraria para a reserva. Ainda não acabou o ano e já saíram 1.200. Havia uma previsão de sair 500 policiais em 2016 já saíram 1.200 e nos últimos 12 meses cerca de 2.200. “Só no décimo batalhão de Ceilândia tem cerca de 36 requerimento de militares pedindo para sair e esses pedidos não deixam de se proliferar por todos as unidades”, afirma Nunes.
O Radar apurou junto às associações representativas da categoria que o motivo de tanto pedido de dispensa está na falta de incentivo, Plano de Saúde e um Plano de Carreira que motivasse praças e oficiais a continuar na ativa.
“Apesar de tudo, quando a gente pega a nossa estatística de produtividade com carros recuperados, armas aprendidas e criminosos presos, vemos que nesta guerra ainda somos os vencedores. O policial tem se empenhado e se entregado de corpo e alma em defesa da sociedade”, destacou.
Nunes também contabiliza pelo êxito nas ruas por ser a Policia Militar do Distrito Federal uma das melhores do país. A PM tem uma faculdade reconhecida pelo MEC e investiu por onze anos na formação superior de seus policias que chaga a quase 100% da tropa.
“Caso de corrupção na tropa é praticamente inexistente e me responsabilizo no que afirmo”, Fomos eleitos a policia mais pacifica do Brasil com todo esse rolo de impeachment e grandes eventos como as olimpíadas e não tivemos um só problema. Se o policial tem maior conhecimento jurídico, operacional e social e conhecimento de personalidade humana ele sabe compreender o outro lado e tem mais poder de persuasão para resolver o problema. Um policial vale ouro nas ruas por evitar uma série de crimes”, afirma Nunes.
Sobre o decreto assinado pelo governador Rodrigo Rollemberg que cria uma nova reestruturação da Policia Militar, o comandante justifica que foi a forma encontrada de racionalizar os gastos diante de uma crise no orçamento que afeta todos os órgãos de governo. A PM tem hoje um efetivo de 13.300 homens e que menos cresceu nos últimos 25 anos. “Até o final do ano haverá concurso para o ingresso de duas mil pessoas”, afirmou Coronel Nunes.
Da Redação Radar
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