O Parque Ecológico Península Sul, na QL 12 do Lago Sul, localizado na orla do Lago Paranoá, uma das áreas mais bonitas de Brasília, que deveria servir ao uso de todos por ser pública, foi privatizada por um grupo de poderosos moradores que contam com o apoio direto do governador Rodrigo Rollemberg.
Quem chega para caminhar ou andar de bicicleta pela ciclovia de 5 km e contemplar uma bela vista oferecida pela orla se defronta, no local de acesso, com uma grade fechada por cadeado e rolo de concertina aspiral elétrica sobre a cerca. A decisão do fechamento do local para o publico foi tomada pelo Instituto Brasília Ambiental (Ibram) que administra os parques do Distrito Federal.
O Parque Ecológico Península Sul, na QL 12 do Lago Sul, localizado na orla do Lago Paranoá, uma das áreas mais bonitas de Brasília, que deveria servir ao uso de todos por ser pública, foi privatizada por um grupo de poderosos moradores que contam com o apoio direto do governador Rodrigo Rollemberg.
Quem chega para caminhar ou andar de bicicleta pela ciclovia de 5 km e contemplar uma bela vista oferecida pela orla se defronta, no local de acesso, com uma grade fechada por cadeado e rolo de concertina aspiral elétrica sobre a cerca. A decisão do fechamento do local para o publico foi tomada pelo Instituto Brasília Ambiental (Ibram) que administra os parques do Distrito Federal.
O Parque Península dos Ministros recebeu esse nome devido à presença de moradores ilustres do governo e embaixadas na QL 12. Mas o nome oficial é Parque Ecológico Península Sul. O parque foi criado com o objetivo de disponibilizar essa área nobre do lago Paranoá a toda população do DF.
O Radar visitou a área e foi informado por um professor de kitesurf, que usa o local para manobras radicais do esporte aquático, que o fechamento do parque ao publico foi determinado pelo GDF. “Achei a medida muito drástica, discriminatória e preconceituosa contra as pessoas que não moram no Lago Sul”, diz o professor ao Radar.
A medida foi para atender ao pedido de um grupo de quatro ricos moradores que se sentiam incomodados com a presença de pessoas vindos de outras cidades do DF como Ceilândia, São Sebastião, Jardim botânico e Paranoá, para desfrutar daquela área pública.
A justificativa era de que os ilustres moradores estavam se sentindo inseguros nos dias de maior fluxo no parque, como finais de semana e dias de sol, por causa dos furtos às residências, bem como o aumento do consumo de drogas no local. “Isso aqui tinha virado penico de Brasília”, disse um morador que não quis se identificar.
Tal fala, revela um tom de segregação social alimentada pelo próprio GDF, uma vez que prioriza os investimentos e melhorias em áreas onde se concentra a população com maior poder aquisitivo, político e social, e ignora as partes mais carentes do DF.
Porem, para a maioria dos moradores da orla, fechar a entrada do parque não foi a melhor solução para os problemas que vinham ocorrendo. O professor Carlos Augusto(42), que frequenta a área desde criança afirmou que “ao invés de tornar o Parque Ecológico Península Sul, em espaço vip só para os bacanas, o GDF deveria colocar uma equipe de segurança como existe no Parque da Cidade e policiamento para conter registros de furto e uso de drogas”. No IBRAM ninguém quis comentar o assunto.
O Radar procurou o deputado Rodrigo Delmasso (PTN) que classificou como uma aberração a implantação da segregação urbana do Parque da Península Sul e vai cobrar da presidente do IBRAM, Jane Vilas Bôas, uma explicação para tal medida.
“Não posso concordar que pessoas que não moram no Lago Sul possam ser impedidas de participar de atividades normais da sociedade em um espaço publico. O governador tem que tomar providência sobre isso”, contestou Delmasso.
Da Redação Radar
O GDF só se agacha aos ricos e aos pobres o tratamento é no cassete
O governador Rodrigo Rollemberg sofre um grande dilema se cumpre ou não uma decisão judicial que exigi ao GDF que seja derrubado todos os imóveis ilegais que ocupam a orla do lago Paranoá.
A decisão judicial tem quatro anos de existência e o ex-governador Agnelo Queiroz também não cumpriu. Na reunião ocorrida na semana passada entre o governador e integrantes do Ministério Publico e do Judiciário, Rollemberg deixou escapar que não tem vontade de cumprir a indigesta decisão que irá mexer com figuras poderosas do Lago Sul que possuem casas quase dentro do Lago Paranoá e que terão recuar 30 metros.
Esse mesmo temor ou cautela o GDF não teve com pobres moradores da Nova Jerusalém quando mandou tratores passar por cima de barracos, taxou todo mundo de invasor e mandou a policia baixar o cassete sem dó e nem piedade.
Da Redação Radar