Quanto “Vale” pelo o apoio? A moeda de troca oferecida de porteira fechada por Rollemberg a um grupo de petistas, seria uma das 24 Administrações Regionais (provavelmente a de Sobradinho) e mais alguns cargos de livre provimento na estrutura de governo, se a CUT-DF conseguir emplacar um candidato “chapa branca” no comando do Sindsaúde nas eleições que ocorrerão no dia 28, 29 e 30 de março
s 35 mil servidores da saúde do DF entram em estado de alerta com as manobras que vem sendo construídas dentro do Palácio do Buriti pelo governador Rodrigo Rollemberg com um grupo de petistas ligados a CUT-DF. O jogo jogado é a tomada do Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos de Serviços de Saúde de Brasília – Sindsaúde-DF, cujas eleições estão marcadas para acontecer nos três últimos dias do próximo mês.
O governador faz um esforço no sentido de vencer a chapa liderada pela atual presidente Marli Rodrigues, vista como o principal entrave para que o GDF entregue o sistema de saúde do DF as organizações sociais.
Marli também é tida como inimiga número 1 do governo de Brasília por ter feitos denúncias no ano passado ao Ministério Público do Distrito Federal à CPI da Saúde da Câmara Legislativa. A dirigente sindical disse que o chefe do Executivo e a mulher dele, Márcia Rollemberg, têm ligação com um suposto esquema de propina dentro da Secretaria de Saúde do DF. O caso está sob investigação. Por meios dos jornais, o governador prometeu se vingar de Marli ao afirmar: “você vai pagar muito caro”.
Integrantes da chapa patrocinada por Rollemberg exercem cargos comissionados na estrutura do governo, cuja “boquinha” pode aumentar se a chapa branca vencer o pleito. A Administração Regional de Sobradinho 1, ocupada atualmente pela administradora Jane Klébia, estaria no pacote para contemplar o grupo petista.
“Por trás do acordo entre o governador Rodrigo Rollemberg e os petistas está o compromisso de juntos se unirem em torno da implantação das OSs ao sistema de saúde público do DF”, disse Marli Rodrigues em contato com o Radar. A sindicalista afirmou que a categoria está consciente que o seu principal adversário não é o sujeito que está disputado na cabeça da chapa do governo. “Ele é apenas um laranja. O adversário dos servidores da saúde é o governador que desde 2015 iniciou o processo de desmonte do sistema que prejudica a categoria por não cumprir o que está previsto em lei e a população do Distrito Federal que sofre nas portas dos hospitais”.
Marli vai além: “A estratégia de Rollemberg é: transformar a saúde em um caos, mesmo que as maiores vítimas sejam as pessoas que morrem por falta de medicamentos. Na mente doentia do governador, esse cenário de terra arrasada que ele próprio fomentou, é uma tentativa de empurrar de goela abaixo da população o esquema das OSs para meterem as mãos no gordo orçamento da saúde. É por isso que somos todos contra Rollemberg”, disse.
A sindicalista denunciou que por trás dos conchavos entre Rollemberg e a CUT, na tentativa de aparelhar o Sindsaúde, está o compromisso de continuar com o desmonte completo da Atenção Primária, acabando com os centros de saúde e meter as mãos, cortando cerca de R$ 300 milhões por mês das gratificações conquistadas pela categoria e garantidas por lei há mais de 30 anos. Mali disse que os servidores estão atentos e que a sua chapa “Todos Contra Rollemberg” saberá dar o troco ao governador e seus aliados.
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