s senadores Antonio Reguffe e Cristóvão Buarque, ambos do PDT, foram os nomes mais citados no meio de grupos de professores durante os piquetes feitos em protestos contra o governo Rollemberg ocorridos ontem. A greve dos professores está por conta do não pagamento dos reajustes estabelecidos em lei das 32 categorias, bem como a promessa de cortar o ponto de quem faltar ao trabalho.
Os servidores da educação criticaram o silêncio sepulcral dos dois senadores por não se manifestarem em relação à causa dos professores e sequer distribuíram nota de repúdio contra os espancamentos, prisões e humilhações sofridas pela categoria.
Críticos ferozes do governo federal, apontando fatores que, para eles, levaram à derrocada do governo petista e põem dúvidas se Dilma conseguirá chegar ao fim do mandato, os dois senadores do DF se fingem de mortos quando o cenário é o Governo de Brasília.
O comportamento de hibernação de Regurffe e Cristovão está por conta dos últimos acertos feitos entre o PDT e o PSB do governador Rollemberg. Na reforma administrativa Rollemberg resolveu aquinhoar a legenda trabalhista com uma supersecretaria que reúne também Desenvolvimento Social e Direitos Humanos, comandada desde segunda-feira (26) pelo deputado distrital Joe Vale (PDT).
“Cristóvão e Reguff não falam nada porque ganharam uma bolsa boquinha desse governo que maltrata e desrespeita os servidores”, discursava uma professora durante o piquete feito na Ponte do Bragueto antes de serem dispersos pelas bombas da polícia.
Na página pessoal dos referidos senadores na internet nenhum deles fez qualquer comentário sobre o episódio que ocupou os principais noticiários de Brasília. Pelos menos até às 17 horas de hoje o silencio continuava. No facebook, Reguffe diz ter sido o autor da emenda que incluiu a construção do hospital do Câncer” em Brasília no valor de R$ 122 milhões.
Debaixo de pressão, o senador Cristovão Buarque resolveu sair da mudez e escreveu uma hora antes desse poste Radar:
“O país que bate em professor bate no seu futuro. O governo que autoriza ou tolera policiais baterem em professores é um governo que espanca o futuro de se pais, seu estado ou sua cidade. Seu povo. Bater em professores é o pior de todos os exemplos que uma sociedade pode dar para suas crianças. É isso o que a polícia do governador Rodrigo Rollemberg fez ontem e, pelo que parece, vai continuar fazendo, quando analisamos suas declarações de endurecimento nas relações com professores”’.
Vinte quatro minutos depois, Vicente Façanha comentou o que escreveu Cristovão: “Demorou, mas tomou uma posição. É uma vergonha Rollemberg quer transformar o DF no Paraná de Richa.
Da Redação Radar
