Brasília amanheceu nesta terça-feira (29/01), sacudida por uma operação da Polícia Federal que atingiu o coração do Banco de Brasília. O caso investigado pela PF, que causou a prisão de três diretores e ex-diretores do banco estatal, está ligado a um suposto esquema de pagamento de propinas no valor de R$ 16,5 milhões
Por Toni Duarte//RADAR-DF
Dezesseis milhões e meio de reais é o tamanho da propina recebida por um suposto esquema montado por diretores e ex-diretores do Banco de Brasília (BRB).
Em uma operação deflagrada pela Polícia Federal nesta manhã de terça-feira (29/01) foi cumprido mandado de prisão do presidente licenciado, Vasco Cunha Gonçalves, do diretor Financeiro e de Relações com Investidores, Nilban de Melo Júnior, e de Serviços e Produtos, Marco Aurélio Monteiro de Castro.
Os mandados de prisões e de busca e apreensão no BRB foram expedidos pela 10ª Vara da Justiça Federal em Brasília.
A propina paga aos investigados, segundo a PF, foi para facilitar a liberação de empréstimos vultuosos em projetos como o do extinto Trump Hotel, no Rio de Janeiro, atualmente conhecido como LSH Lifestyle.
Entre os alvos estão Diogo Cuoco e Adriana Cuoco, filho e nora do ator Francisco Cuoco, e Paulo Renato de Oliveira Figueiredo Filho, neto do último presidente do regime militar, general João Baptista Figueiredo.
Apesar do governo ter mudado a partir do dia primeiro de janeiro, no entanto a diretoria do Banco de Brasília continuava sendo a mesma do governo Rollemberg.
Lá foi o único lugar da estrutura do novo governo que permaneceu intocável por causa da espera do novo presidente Paulo Henrique Rodrigues Costa que já passou pela sabatina da Câmara Legislativa para ocupar o cargo, mas que precisa ainda ser liberado pelo Banco Central.
Paulo Costa é vice-presidente de Clientes, Negócios e Transformação Digital da Caixa Econômica Federal.
Fontes do Buriti, consultada pelo Radar, afirmaram que os atos de corrupção do governo Rollemberg vão começar a pipocar em vários setores do GDF. A saúde seria um deles, um aliado do governador Ibaneis Rocha. “Se o governador não limpar a área, a polícia limpa!”, disse ele.