Abandonada pelos políticos e espezinhada pelo atual “Governo de Brasília”, a população do Distrito Federal resolveu fazer ela mesmo oposição contra o governador Rodrigo Rollemberg. No próximo dia 23 de janeiro, a partir das 10 horas da manhã, a sociedade civil organizada lançará a campanha “Rollemberg Nunca Mais”. A Feira do Produtor do Jardim Botânico foi escolhida como o ponto de partida para a realização do ato público. Haverá uma tribuna livre para quem quiser se manifestar.
Ainda são poucos carros que percorrem as ruas e avenidas do Distrito Federal com um adesivo da campanha “Rollemberg Nunca Mais!”. Porém a determinação dos vários segmentos da população é de incrementar a campanha que atingira até o final deste ano cerca de 200 mil carros adesivados no DF.
O movimento surgido no Jardim Botânico se espalha no Lago Sul, Lago Norte, Vicente Pires, Paranoá, Núcleo Bandeirante, Estrutural, Guará, Vicente Pires, Sobradinho, Por do Sol, Sol Nascente e São Sebastião. Nesta primeira fase foram produzidos 20 mil adesivos.
Os organizadores do ato de protesto contra o governador estabeleceram que os adesivos serão repassados a quem se interessar da seguinte forma. Por 100 adesivos serão cobrados a 1 real a unidade. A partir de 500 unidades o preço cai para 80 centavos. Os organizadores da campanha justificam que o dinheiro arrecadado será empenhado na produção de mais adesivos.
Nenhuma gráfica do Distrito Federal quis produzir o adesivo “Rollemberg Nunca Mais” por medo de retaliação do governo. Por causa disso a produção foi feita fora de Brasília. De cinco empresas que prestam serviços visuais consultadas nenhuma delas quis locar seus espaços para outdoor. Os empresários do ramo justificaram que tem receio de o governo negar seus alvarás para explorarem os espaços públicos para a propaganda ao ar livre.
Embora com todas as dificuldades, os organizadores acreditam que os adesivos podem causar um efeito de repudio enorme contra Rollemberg. Uma pagina no facebook denominada “Rollemberg Nunca Mais”, será lançada no dia 23.
“O ano de 2015 foi um desastre para os mais de dois milhões de pessoas que moram no Distrito Federal que acreditaram que o ex-deputado distrital, ex-deputado federal e ex-senador da Republica, Rodrigo Sobral Rollemberg pudesse, como governador, ser realmente generoso com a população como ela foi o tempo todo generosa com ele”, disse Wander Azevedo, diretor executivo da Associação Comercial do Jardim Botânico e um dos organizadores da campanha.
Ele avalia que o governador que governou os primeiros 365 dias do ano com o discurso da “herança maldita” dá sinais neste inicio de 2016 de que vai continuar com a mesma ladainha de sempre ao achar que a população é burra.
POVO ESTÁ MORRENDO POR FALTA DE ATENDIMENTO MÉDICO
Só agora no inicio desta semana o governador descobriu de que é necessário fazer uma profunda investigação para descobrir onde está o problema da combalida Saúde Publica do Distrito Federal que já matou adultos e crianças, que falta medicamentos; que não contrata profissionais; que não cuida da manutenção dos tomógrafos, mamógrafos e UTI’s e que dá calote nos prestadores de serviços.
Em 2015, o governador mandou a polícia baixar o pau nos professores que juntos com outras categorias profissionais reivindicavam os aumentos salariais conquistados e previstos em lei. Com a cantilena de um rombo de R$ 6,5 bilhões nos cofres públicos, segundo ele, o governador ferrou mais uma vez a sacrificada população com o aumento de impostos, a suspensão de concursos públicos, o aumento das tarifas de ônibus e metrô e do prato de comida dos restaurantes populares servido a trabalhadores pobres.
As maiores obras do governo Rollemberg foi ter inaugurado uma “privada” (relembre aqui) com a deputada Liliane Roriz na Feira do Paranoá no finalzinho do ano passado e de ter derrubado mais de seis mil casas de famílias pobres por todo o DF. O governador e a sua subalterna presidente da Agefis se vangloriam ao chamar a população de grileira, invasora e de ter nojo de quem mora em condomínios.
Rollemberg já autorizou a retomada das operações de derrubadas que vai levar o terror o desespero a milhares de famílias que ficarão ao desabrigo neste ano de 2016. As comunidades 26 de Setembro, em Vicente Pires e o Morro da Cruz, Vila do Boa e Capão Comprido em São Sebastião já não dormem mais a espera do comboio violento do Estado. No passado, o sentimento foi o de “Bye-bye, Agnelo”. Agora é: “Rollemberg Nunca Mais!”
Da Redação Radar
