As declarações da presidente da Agefis, Bruna Pinheiro, de que começaria as demolições na orla do lago sul a partir da próxima terça-feira (18), tendo como alvo inicial as edificações irregulares na “Península dos Ministros”, elevou o termomento de pressão dentro do Palácio do Buriti. Informações de bastidores que correm dentro da Câmara Legislativa dão conta de que o governador Rodrigo Rollemberg teria sido aconselhado a dar férias forçada a Bruna Pinheiro que estaria se afastando da presidência da Agencia de Fiscalização sem cumprir com o que disse.
O tom de veemência dado por Rollemberg após endossar o que disse a presidente da Agefis em relação a derrubada do “grilo chic” do Lago Sul, de que tudo que estivesse dentro da área de 30 metros da beira-lago seria tratorado, perdeu a força neste últimos dois dias.
Nos bastidores se tem a noticia de que o próprio governador estaria apontando saídas jurídicas para empurrar a desocupação do Lago Paranoá, que teria que cumprir, para mais uns 20 ou 30 anos a frente.
A medida apontada aos endinheirados pelo próprio Governo de Brasília é a judicialização da questão na esfera da justiça federal com argumentos que a invasão grilada, trata-se de uma zona ambiental e que as autorizações para a construção de pier`s, por exemplo, foram emitidas pela Marinha.
Ademais, Rollemberg também caiu em si que não pode mandar invadir as residências oficiais ocupadas agora pelos presidentes da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB), do Senado, Renan Calheiros (PMDB), e do comandante da Marinha, Eduardo Bacellar. Os imóveis oficiais pertencentes ao patrimônio público federal ocupam ilegalmente áreas de preservação permanente, protegidas pelo Código Florestal Brasileiro.
O negócio é embolar o meio de campo, solução que não foi dada aos menos afortunados que moram na Vicente Pires ou nos condomínios onde o poder de polícia do Governo de Brasília, invade domicílios sem mandado judicial, arracanca a tapas as familias para em seguida demolir.
Além das residências oficiais do patrimônio federal, pelo menos 400 imóveis, nas margens do Lago Paranoá, estão em situação irregular. São churrasqueiras, bangalôs, quadras de tênis e piscinas a menos de 30 metros das margens.
O pedido de botar a afoita Bruna Pinheiro na geladeira seria uma exigência dos que podem. Resta saber qual vai ser a de Rollemberg.
Da Redação Radar